"Em toda a infância houve um jardim - isto é coisa de poetas"
Agustina Bessa-Luís |
BlogdosCaloiros is my blog in Portuguese Language curriculum. It aims to enhance the lessons using ICT and captivate cultural curiosity
"Em toda a infância houve um jardim - isto é coisa de poetas"
Agustina Bessa-Luís |
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E lentamente o Outono chegou. Começa hoje, quinta-feira, dia 22 Setembro às 15:21 horas, e, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, 'as temperaturas máximas não devem subir acima dos 28 graus e o vento soprará fraco, com alguma nebulosidade'.
Google, como sempre não esquece de nos lembrar com um Doodle interactivo que nos remete para dias mais frescos, e ventosos, fazendo esvopaçar as folhas das árvores que caem por esta altura.
Bem aqui na cidade do Porto, estão muito abaixo dos 28 graus. Estamos com 19 graus, embora o dia se mantenha lindo, e sem vento... para já. Uma sorte !
Esta quinta-feira, segundo a página do Observatório Astronómico de Lisboa, o sol nasceu às 7:25 e põe-se às 19:33 horas, o que faz com o dia tenha as mesmas horas que a noite.
Bom, a partir de agora, os dias irão encurtando, trazendo a noite mais cedo, e as noites vão crescendo até ao solstício do Inverno, em Dezembro.
Equinócio de Outono
via Calendarr
Solstícios:
Duas vezes por ano, nos equinócios da Primavera e do Outono, os dias são iguais às noites.
É a preparação para o Inverno, esse a chegar às 10:44 horas do dia 21 de Dezembro. Hoje, o dia já é demontrativo da estação que vai entrar. Céu um pouco enevoado, solinho menos brilhante e intenso.
A natureza transforma-se, aparecem os primeiros sinais das cores outona dia típico de Outono ao início da tarde, quando chega a estação associada aos amarelos e castanhos das árvores, à queda das folhas, aos primeiros frios e chuvas, às noites mais longas.
Como sabemos das aulas de Língua Portuguesa, ao estudar o Texto Poético, o Outono aparece muitas vezes associado à melancolia e à nostalgia. Lemos o poema de Miguel Torga e pudemos constar, certo?
Então vamos lá à procura de um poema lindo que nos leve a Outono. Fernando Pessoa, desta vez. Que tal?
Uma névoa de Outono o ar raro vela
Uma névoa de Outono o ar raro vela, Cores de meia-cor pairam no céu. O que indistintamente se revela, Árvores, casas, montes, nada é meu.
Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono. Sim, sinto-o eu pelo coração, o como. Mas entre mim e ver há um grande sono. De sentir é só a janela a que eu assomo.
Amanhã, se estiver um dia igual, Mas se for outro, porque é amanhã, Terei outra verdade, universal, E será como esta [...]
Fernando Pessoa, (5-11-1932)
Lindo, mas bem melancólico, não é? Iremos analisar o poema nas aulas curriculares de Língua Portuguesa. Saudade das nossas aulas de Português, das sessões de leitura em que a poesia tinha sempre um lugar muito especial.
Actividades:
Como o ano lectivo já começou, aqui deixo algumas propostas para desenvolver...
Analisar o excerto do poema de Fernando Pessoa acima transcrito, sem esquecer de solicitar aos alunos que façam a pesquisa do poema integra. Turmas 3º ciclo, 8º ou 9º anos.
Solicitar aos alunos uma curta selecção de poemas sobre o Outono (literatura portuguesa, ou não). Cada aluno poderá dizer um poema da sua escolha em voz alta.
Escrita criativa : alunos serão convidados a criar poemas alusivos ao Outono que poderá ser ilustrado também pelo aluno. Apoio do currículo de Educação Visual.
Programar um jornal de parede na sala de aula - Turmas 2º ciclo e 7º ano 3º ciclo. Os alunos procederão então à elaboração de um Poemário que poderá ser enriquecido ao longo de 15 dias.
Não podiamos deixar de nos associar ao projecto Borboletário, na celebração do seu 8º aniversário. Iniciado em 2006, participámos nesse mesmo ano, numa actividade pedagógica. O Borboletário de Lisboa, hoje denominado Borboletário do Museu Nacional de História Natural e da Ciência.
Desde a abertura ao público em 2006 até ao momento, já passaram pelo Borboletário milhares de visitantes, muitas escolas, que puderam aprender, de uma forma prática, a biologia das borboletas e a sua interacção com as plantas.
Foi precisamente em 2006, pouco depois de ser criado, que integrámos no currículo de Língua Portuguesa o projecto Dia B - Dia das Borboletas.
O Borboletário tem como objectivo despertar o interesse do público em geral, e em particular dos jovens em idade escolar, para a importância da conservação da natureza e da biodiversidade.
"O número de visitantes alcançado até agora, reflecte não só o trabalho consolidado em vários anos nas áreas da criação ex-situ de borboletas europeias, na propagação de plantas hospedeiras e na educação ambiental, mas também o resultado da participação cada vez maior em projectos externos de monitorização ecológica, consultadoria técnica e de divulgação científica.", assim se define o Borboletário.
Mal descobrimos o Tagis - Centro de Conservação de Borboletas de Portugal,em 2006, considerámos um projecto inovador e que tinha nas preocupações interagir com as escolas.
Pareceu-nos que enquadrava lindamente este conteúdo programático, dado que são muitos os poetas que referem as borboletas em seus poemas. Claramente um projecto que despoletaria a criatividade dos alunos em actividades de leitura de poemas e escrita criativa, bem como saída da sala de aula para uma lição viva ao ar livre.
Não nos enganámos.Os alunos adoraram, adquiriram competências e desenvolveram aprendizagens que muito enriqueceram o currículo de Língua Portuguesa e Ciências da Natureza.
Foi um dos projectos mais cativantes desenvolvido nesse ano lectivo.
Depois de apresentar o projecto aos alunos e de o negociar com as duas turmas de Língua Portuguesa que leccionava, nesse ano, decidi contactar a equipa Tagis para que nos enviasse o material de apoio que punha à disposição das escolas com o objectivo de celebrar um dia muito especial, o Dia B - Dia das Borboletas.
A equipa do Borboletário respondeu prontamente, enviando o Guiade Campo que Tagis - Centro de Conservação das Borboletas de Portugal, assim se denominava em 2006 - disponibilizava para reconhecimento de borboletas em espaço aberto.
E logo pensámos nos Jardins do Parque de Serralves.
O Guia de Campo, muito ilustrativo das espécies de borboletas passíveis de encontrar em Portugal, propunha que os alunos fizessem a observação de borboletas, identificando-as com a ajuda do mesmo guia.
Actividades:
Partindo do Texto Poético a que anexei Dia B - Dia das Borboletas, programei um projecto transcurricular e inter-turmas em que participaram as áreas curriculares: Língua Portuguesa (dinamizadora),Ciências Naturais, Formação Cívica e Educação Visual.
Para fazer a observação e levantamento de borboletas, nada melhor do que percorrer o Parque de Serralves. Contactámos o Serviço Educativo, fizemos a marcação de uma Visita de Estudo.
Os alunos foram divididos em grupos, cada grupo com o seu Guia de Campo para fazer o reconhecimento das espécies encontradas nos líndíssimos jardins de Serralves.
A visita foi a parte final do projecto. Durante um mês, aproximadamente, os alunos estudaram o Texto Poético.
Também no curriculo de Ciências Naturais, procedram ao estudo da espécie.
Durante o estudo do Texto Poético, solictei aos alunos que seleccionassem, à medida que iam lendo, poemas cuja temática incluisse a borboleta. Essas leituras e estudo estendeu-se não só à literatura portuguesa mas também à literatura brasileira.
Após a selecção individual, apoiei os alunos individualmente, na selecção de um poema por aluno, nas duas turmas. Depois da selecção feita, cada aluno transcreveu o seu poema numa uma borboleta recortada em cartolina de cores, elaboradas nas aulas de Educação Visual.
À medida que as borboletas iam ficando prontas, iamos elaborando o nosso Borboletário nos placares da sala de aula). Cada turma criou o seu Borboletário que passou a fazer parte de um Jornal de Parede até final do projecto.
Numa fase posterior, passaram a actividades de escrita criativa, elaborando pequenas poesias alusivas às borboletas.
Os textos poéticos criados pelos alunos foram muito imaginativos, alguns de sensível capacidade para o texto poético. Regra geral, os alunos gostam muito de ler e escrever poesia.
Também com o apoio de Educação Visual, os alunos elaboraram borboletas em papel de seda pintado que suspendemos nas salas de aula e que posteriormente foram levadas na mão pelos alunos para a visita de estudo no Parque Serralves.
Durante a visita, os grupos de alunos preocuparam-se em fazer o reconhecimento de borboletas existentes nos jardins. Sempre que viam uma borboleta, identificavam a espécie com o apoio do Guia de Campo que cada grupo tinha consigo, tomavam nota da espécie e do número observado.
De vinte em vinte minutos, reuniam-se os grupos com os Professores e eu, como professora de Língua Portuguesa, coordenadora do projecto transcurricular, anotava na Folha Relatório as espécies e número de borboletas observadas.
Os alunos observaram muitas espécies - a biodiversidade do Parque de Serralves é muito rica. Observaram a bela dama, a manchadinha, a limão e até espécies mais raras como a carnaval, pavão-diurno, zebra !
Posso afirmar que foi um projecto rico em aprendizagens, muita alegria partilhada numa aula viva ao ar livre, e experiências pedagógicas gratificantes para professores e alunos.
Algumas considerações:
É pois com muita alegria que parabenizamos toda a equipa do Borboletário pelo seu 8º aniversário, hoje no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, e divulgamos o post de aniversariante no seu blogue E assim começou há oito anos o Borboletário.
Sentimos orgulho em divulgar o projecto no início, em 2006, e de fazermos parte dessa dinâmica na criação de projectos audazes que levam a outros voos para todos os deles participámos.
Este mês, mais propriamente, dias 6 e 7 Novembro 2014, celebraram-se os aniversários de dois grandes nomes da poesia em língua portuguesa. Sophia de Mello Breyner Andresen e Cecília Meireles.
Sophia Mello Breyner nasceu a 6 Novembro 1919, no Porto. Foi aqui, nesta cidade, e na Praia da Granja, bem perto do Porto, que passou a sua infância e juventude.
De formação em Filologia Clássica, da Universidade de Lisboa, Sophia é uma das maiores poetas portuguesas do século XX, distinguida com o Prémio Camões em 1999, tornando-se a primeira mulher portuguesa a receber este galardão literário.
De entre muitos prémios, recebeu em 2001 o Prémio Max Jacob de Poesia e o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana em 2003.
Foi mãe de cinco filhos que a motivaram a escrever contos infantis. Mãe do escritor Miguel Sousa Tavares, e avó de Pedro Sousa Tavares que completou o conto inacabado de Sophia, Os Ciganos, editado em 2012.
E como conhecemos bem as histórias de Sophia! Histórias de maravilhamento, passadas entre a casa de sua avó, hoje Jardim Botânico, e a praia da Granja,cenários magníficos tão bem descritos nos seus livros.
A Floresta ou a Menina do Mar entre tantos outros que lemos nas aulas de Língua Portuguesa: O Cavaleiro da Dinamarca, História da Gata Borralheira, O Baile, O Colar ou Noite de Natal.
É óbvio que não poderiamos esquecer a sua poesia. Alguns dos seus mais belos poemas vieram enriquecer as nossas aulas dedicadas ao Texto Poético. Fica aqui a nossa homenagem:
Assim o Amor
Assim o amor Espantado meu olhar com teus cabelos Espantado meu olhar com teus cavalos E grandes praias fluidas avenidas Tardes que oscilam demoradas E um confuso rumor de obscuras vidas E o tempo sentado no limiar dos campos Com seu fuso sua faca e seus novelos
Em vão busquei eterna luz precisa
Sophia de Mello Breyner Andresen, in “Obra Poética”
Morreu aos 84 anos, no dia 2 de Julho de 2004. Está no Panteão Nacional desde Julho 2014.
Google, o motor de busca homenageou hoje, dia 7 Novembro, a célebre poetisa Cecilia Meireles com um doodle na página de entrada (Brasil), na passagem do 113º aniversário da escritora carioca.
A imagem do Doodle mostra Cecilia escrevendo sob a luz do luar. Delicioso!
Da sua vasta obra, realçamos a poesia infantil com textos como Leilão de Jardim, O Cavalinho Branco, Colar de Carolina, O mosquito escreve, Sonhos da menina, O menino azul, entre outros.
Nas aulas curriculares, no estudo do Texto Poético, lemos vários poemas de Cecilia Meireles.
Serenata
Permita que eu feche os meus olhos, pois é muito longe e tão tarde! Pensei que era apenas demora, e cantando pus-me a esperar-te. Permita que agora emudeça: que me conforme em ser sozinha. Há uma doce luz no silencio, e a dor é de origem divina. Permita que eu volte o meu rosto para um céu maior que este mundo, e aprenda a ser dócil no sonho como as estrelas no seu rumo.
Cecilia Meireles
Actividades:
Faça o estudo comparado da poesia (alguns poemas) de Sophia Mello Breyner e Cecilia Meireles;
Solicite aos alunos que seleccionem poemas das duas poetisas. Desenvolva actividades de escrita criativa;
Dinamize um poemário (placares na sala de aula; biblioteca escola) com poemas escolhidos pelos alunos, segundo áreas temáticas;
Organize um pequeno concurso "Diz um poema" em que os alunos serão convidados a recitar poemas de Sophia e Cecilia.
Está provado, portanto, que são muitos os alunos que gostam de escrever e de criar poesia!
Assim, decidi divulgar este concurso para que os mais afoitos possam dar azo à sua veia poética. Vá lá! Proponham aos vossos professores a vossa participação através da escola.
O concurso ocorre entre Janeiro e Março de de 2012. Só serão aceites trabalhos individuais. Aos vossos professores, cabe informar-vos das datas finais que diferem do tipo de escola.
Os temas são dois: "Ser Cidadão" e "Os Afectos". Escolham aquele em que sintam mais inspirados.
Devem ler o Regulamento aqui e o Formulário de Inscrição encontra-se online aqui
Ir + longe:
No dia 24 Março 2012, será celebrado o "Dia Mundial da Poesia", no Centro Cultural De Belém (CCB) e do programa faz parte a entrega simbólica de prémios aos vencedores.
Fernando Pessoa, o grande escritor português faria hoje 123 anos. Nasceu em 13 Junho 1888, no Largo de São Carlos, em Lisboa.
Começou a escrever em criança e fê-lo sobretudo em português. No entanto, também escreveu em inglês e francês. Viveu 47 anos e passou grande parte da sua vida a escrever. Considerava que ser poeta e escritor não constituia profissão, mas vocação.
Google celebra Fernando Pessoa, com um Doodle, e a Casa Pessoa propõe-se a comemorar o 123º ano do nascimento do poeta com visitas guiadas, exposições, oficinas criativas para crianças, lanche na Biblioteca e um concerto com Mariano Deidda.
Objectivo desta postagem ? Realçar o significativo número de poemas para a infância na obra de Fernando Pessoa, e relembrar o modo como o poeta promove, por meio da tematização do quotidiano infantil, o encontro entre a poesia e a criança.
Relembro as nossas aulas curriculares de Língua Portuguesa em lemos e estudámos os poemas de Fernando Pessoa, e depois divulgámos no nosso blogue. Lembro a propósito do Dia da Criança o poema Havia um menino, o poema As Fadas ou de férias, o poema Liberdade.
Então este Doodle deu-me uma motivação para dedicar este post à poesia de Fernando Pessoa menos explorada. Poesia para crianças.
Ir + longe:
O Meu Primeiro Fernando Pessoa
Manuela Júdice
illustração Pedro Proença
editora Dom Quixote
Este livro apresenta a vida deste poeta genial, utilizando uma linguagem simples e apontando apenas os marcos fundamentais dos 47 anos que viveu. De uma forma acessível a todos, através de poemas de Fernando Pessoa, o texto de Manuela Júdice e as ilustrações de Pedro Proença, dão a conhecer esta figura cimeira da literatura portuguesa e mundial.
Recomendado pelo PNL : 9-11 anos - leitura mediana
Neste livro, estão reunidos poemas que o Pessoa escreveu especificamente para sua sobrinha Manuela - ou para a boneca de Manuela, Lili - e outros. Com seleção e apresentação do poeta Alexei Bueno, e ilustrações de Lu Martins, a presente edição revela mais esta face de um dos mais importantes poetas em língua portuguesa.
(edição brasileira)
Poesia de Fernando Pessoa para Todos
Direção da coleção José António Gomes Direção artística António Modesto
Porto Editora
Uma antologia da poesia de Fernando Pessoa que se pretende ao alcance de todos: crianças e adultos. Nela se reúnem não só os poucos e por vezes divertidos poemas que escreveu para crianças, mas também outros cuja leitura é acessível aos adolescentes.
Fernando Pessoa escreveu assim poesia para crianças e adolescentes que poderão introduzir nos currículos de Língua Portuguesa, ensino primário e básico (2º ciclo).
Actividades:
Ler O Meus Primeiro Fernando Pessoa (acima mencionado);
Ler e solicitar leitura em voz alta de poemas do poeta para crianças e adolescentes;
Adaptar o estudo do Texto Literário ao nível de ensino que é leccionado;
Visitar ao site da Casa Pessoa para um estudo mais aprofundado do vida do poeta e das suas bibliotecas. Um excelente recurso digital online para os adolescentes;
Fazer pesquisa de notícias online e blogues que hoje dedicam as suas publicações a Fernando Pessoa;
Seleccionar poesias para estudo em sala de aula. Ter em atenção o nível de aprendizagem dos alunos.
Atenção: Não esquecer referências e/ou fontes para confirmarmos em sala de aula.
Ah! Acima de tudo, leiam por gosto. É tão bom ler poesia! Ou até escrever... sim porque eu sei quantos gostam de escrever poesia! Pelo menos, todos os alunos que se destacaram nas aulas sobre Texto Poético. E não foram assim tão poucos!
Quem sabe um dia não verei um livro publicado por mais um(a) aluno/aluna meu numa das livrarias da cidade que gosto de percorrer?
John Winston Lennon nasceu em Liverpool, Inglaterra, a 9 de Outubro de 1940. Cantor, compositor e activista da paz, co-fundou osBeatles, a banda de maior sucesso mundial na história da música pop. A parceria de composição com o colega de banda Paul McCartney foi uma das mais célebres da história da música. Juntamente com George Harrisone Ringo Starr, o grupo alcançou fama mundial durante a década de 1960.
Google Doodle:
Se fosse vivo, o ex-Beatle estaria a celebrar 80 anos. Família, amigos, e fãs assinalaram a data com homenagens à vida e obra do músico, compositor, poeta e axtivista pela paz.
Hoje, dia 8 Outubro, Google surpreendeu-nos com um lindo vídeo inserido na sua página de entrada que reproduz um excerto da célebre canção Imagine,celebrando de uma forma poética o 70º aniversário de John Lennon.
Mas Lennon, sá faria 70 anos no dia 9 de Outubro. O doodler Mike Dutton remete-nos para as suas memórias de infância, quando ouvia John Lennon em casa, sempre que os pais punham a cassete com a canção Imagine.
Infelizmente, John Lennon, ex-Beatle, pacifista convicto,morreu de um forma violenta. Foi assassinado quando saia de sua casa, em Nova Iorque. Tinha 40 anos de idade. Dia fatídico, 8 Dezembro de 1980.
Yoko Ono estava com o marido quando Lennon atingido pelas costas por um fã com problemas mentais em 8 de Dezembro de 1980, ao lado do 'Dakota', o edifício onde o casal morava em frente ao Central Park.
Se este tema Imaginejá era bem conhecido, ganhou então um significado especial para todos aqueles que lutam pela paz!
"You may say I'm a dreamer
But I'm not the only one"
... são dois dos versos da canção Imagine que se tornou um hino à paz no mundo inteiro!
John Lennon, o cantautor que em criança sonhava ser feliz nasceu a 9 de Outubro de 1940, em Liverpool, Inglaterra.
Dezassete anos depois, formou a primeira banda, os The Quarrymen. Conheceu mais tarde, Paul McCartney e o guitarristaGeorge Harrison, que se juntaram à banda. Com uma formação mais alargada, decidiram mudar então o nome do grupo.
Assim nasceram os Beatles, em 1960. Dois anos depois, Ringo Starr tornou-se o baterista. O reconhecimento internacional chegou com canções como “I Wanna Hold Your Hand”, “All You Need Is Love” ou “Help!”.
Filme britânico-canadense, 2009, género drama biográfico-musical, realizado por Sam Taylor Wood, baseado no livro de memórias Imagine This: Growing Up With My Brother John Lennon, de Julia Baird.
Imagine This: Growing Up With My Brother John Lennon
A trama retrata a juventude de John Lennon. Uma adolescência solitária. Abandonado pela mãe (Julia Lennon) foi criado por uma tia autoritária (Mimi Smith). A amizade com Paul McCartney torna-se seu ponto de equilíbrio.
Depois de seu assassinato, Lennon tornou-se lenda e símbolo de uma época, que continua sendo tema de livros e filmes 30 anos após a sua morte.
John Lennon, 1957
créditos: Autor não identificado
via Rollinstone Brasil
Actividades:
Distribuir os versos da canção pelos alunos, solicitando os seus conhecimentos de Inglês LE1, para a compreensão da letra.
Solicitar aos alunos que dialoguem sobre a mensagem pacifista inserida nos versos do tema.
Pesquisa de acções pacifistas de Lennon.
Debate: o papel dos artistas na defesa das causas humanitárias: músicos, actores, cantores, escritores, pintores, outros.
Oficina de escrita criativa : textos de intervenção - paz - em prosa e/ou verso.
Nota: Se fosse vivo, John Lennon estaria a celebrar 80 anos. Família, amigos, e fãs assinalaram a data com homenagens à vida e obra do músico, compositor, poeta e activista pela paz.
"Quando fui para a escola, perguntaram-me o que é que eu queria ser quando crescesse. Eu escrevi 'feliz'... "
Bom, meus queridos alunos... hoje, quando voltar aqui, já todos ou quase todos recomeçaram um novo ano que é também o início de um novo ciclo!
Não imaginam a tristeza que me invade. Esta manhã não subirei a escadaria, não percorrerei os mesmos espaços que vós, não poderei rever-vos, deixar o olhar poisar em cada um vós, para admirar como cresceram, sorrir convosco sobre algum episódio ou outro que vos tenha divertido durante as férias, delinear algumas actividades, apresentar-vos projectos, preparar com rigor científico para esta nova etapa.
E lembrei o discurso que o Presidente Barak Obama fez aos adolescentes norte-americanos no dia em que recomeçaram as aulas, exortando-os para o trabalho escolar com empenho e responsabilidade.
Confesso que achei lindo! E permito-me deixar aqui um pequeno excerto:
(...)
But at the end of the day, we can have the most dedicated teachers, the most supportive parents, and the best schools in the world - and non of it will matter unless all of you fulfill your responsabilities. Unless you show up those schools; pay attention to those teachers; listen to your parents, grandparents and other adults; and put in the hard work it takes to succeed.
And that's what I want to focus on today: the responsability each of you has for your education. I want to start with the responsability you have to yourself.
Every single one of you has something you're good at. Every single one of you has something to offer. And you have a responsability to yourself to discover what that is. That's the opportunity an education can provide.
(...)
We need every single one of you to develop your talents, skills and intellect so you can help solve our most difficult problems. If you don't do that - if you quit on school - you're not just quitting on yourself. you're quitting on our country. (...)
Traduzir este excerto poderia trair um pouco a verdadeira mensagem. Assim, já que estão no 3º ano de Inglês LE, prefiro deixar que o leiam na língua original. E depois está escrito num inglês tão fluente que estou certa vão entendê-lo.
Sei que se estivesse perante vós, na sala de aula, neste novo ano lectivo que agora se inicia, este seria, sem dúvida, o meu primeiro desafio. Ler este excerto do discurso de Obama em grupo, tirando as dúvidas de interpretação que podessem surgir, até compreenderem bem o sentido da mensagem. Depois sim, passaríamos ao debate das ideias nele contido, para que tirassem as vossas conclusões do que pretendem fazer da vossa vida de estudantes.
Conhecem-me bem! Sabem como sou pragmática, mas ao mesmo tempo inovadora nos conceitos pedagógicos que me permitem estar mais perto de vós. Apoiar o desenvolvimento das vossas excelentes capacidades - cada um com seu perfil - incentivar a apreensão de novos saberes, orientar-vos no caminho a percorrer, este foi sempre o meu principal objectivo. Valorizar-vos.
Mas, como bem afirma o Presidente Obama, não basta ter bons professores, excelentes pais, escolas modernas, se os alunos não se responsabilizarem pelo seu próprio percurso académico.
É verdade queridos alunos! O futuro do país vai depender das aprendizagens que fizerem na escola, da responsabilidade com que encararem a vossa formação académica, dos desafios que enfrentarem para resolver situações, da colaboração que derem para se lançarem novos currículos que correspondam às exigências sociais e culturais que se adaptem melhor às vossas características de nativos digitais.
Uma escola mais moderna exige conceitos actuais.
Terei imensa pena de não poder vivenciar isso com todos! Finalmente, as tecnologias chegaram às escolas! Eu que sempre lutei tanto por isso! E que fomos introduzindo ao longo dos anos, desde 1999-2000, apenas com um computador na escola, e depois na nossa sala de aulas, a custo e com a minha coragem de o ir solicitar à DREN.
Mas, quem sabe, não virão até aqui com alguma frequência blogar comigo? Este blogue mantém-se activo para que possamos continuar a partilhar saberes. Esta será a rede que nos conectará!
Já sabem que poderão contar com o meu apoio para qualquer dificuldade em Língua Portuguesa, Francês LE, Cidadania. Sempre!
É só vir até aqui, deixar uma mensagem, enviar um email, ou frequentar o moodle Lugares&Aprendizagens. Combinado?
Para os que não vão esquecer este espaço de partilha, desejo um excelente recomeço.
Eu também espero partillhar saberes e aprendizagens com alunos empenhados, responsáveis, dispostos a ir mais longe, nesta sala de aula virtual, onde a Professora estará presente sem hora marcada, e atenta às vossas dúvidas e dificuldades.
Sei que neste momento estão com muita ansiedade. Mas vai ser óptimo, tenho a certeza!
Relembro então um poema de Miguel Torga que aqui deixo:
Recomeça
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
do futuro,
Dá-os em liberdade
Enquanto não alcances
não descanses.
De nenhum futuro queiras só metade.
Miguel Torga, Recomeça
A Professora GSouto
14.09.2009
Nota Fica aqui o nosso agradecimento, dos alunos e meu, pelo destaque dado pela Sapo a este blogue.
Menção Especial do Prémio Nacional de Ilustração 2000 para João Caetano. Nomeado para a Lista de Honra do IBBY (International Board on Books for Young People ) 2002, pela qualidade das ilustrações.
«Não esteja na lua
desça à Terra.»
E o menino a replicar:
«Não me chega esta Terra.»
«Seja realista, terra a terra.»
«Mas eu sou do tipo ar, ar.»
E os olhos do menino
já eram balões quando a professora
lhe ordenou que saísse.
Despediu-se da colega e disse:
«Conto estrelas em ti.»
Ao sair, deixou na mesa da professora
mais bonito avião de papel
que se possa imaginar.
Era uma prenda desesperada
de um menino triste
por não a poder contagiar.
Na sala, um silêncio ficou suspenso
por palavras que também quiseram
voar."
Teresa Guedes, Conto Estrelas para ti, vários autores, 2003
Depois de ler com atenção o texto acima transcrito, responde adequadamente às perguntas:
A. Tipologia de textos.
Dados bibliográficos.
1. Estamos perante um texto poético? Justifica, enumerando algumas das suas características.
2. Identifica as referências bibliográficas.
B. Compreensão :
1. Por que razão a professora chama à atenção o menino. Justifca por palavras tuas.
2. Faz a caracterização psicológica do "menino". Justifica, transcrevendo algumas expressões do texto.
3. Comenta a atitude da professora perante a resposta do menino.
4. "Seja realista terra a terra"
4.1. Explica por palavras tuas o sentido deste verso.
C. Funcionamento da língua.
1. "Não me chega esta Terra"
1.1. Reescreve a frase passando-a para a forma afirmativa.
1.2. Classifica morfologicamente a forma verbal da frase, na forma negativa.
2. "... o mais bonito avião de papel..."
2.1. Identifica o grau do adjectivo "bonito".
3. Explica o uso das aspas « » em diversos versos deste texto poético.
4. "Na sala, um silêncio ficou suspenso"
4.1. Faz a análise sintáctica da frase acima transcrita.
5. Identifica o tipo e forma de frase dos versos (v.v.) 1 e 2
6. "E os olhos do menino
já eram balões"
6.1. Identifica o recurso expressivo presente nestes versos.
7. Este poema é composto por quantas estrofes?
7.1. Que nome têm as estrofes?
8. "lhe ordenou que saísse."
8.1. Qual a função sintáctica da palavra sublinha?
9. "Mas eu sou do tipo ar, ar"
9.1. Identifica o recuros expressivo presente neste verso.
10. Dá um título sugestivo a este texto lírico. Justifica a tua escolha.
11. Relê com atenção os últimos seis versos do texto e comenta a mensagem que os v.v. tentam transmitir.
Nota:
A ficha digital de leitura deverá ser impressa e colocada no caderno diário para ser feita a correcção na próxima aula.
No entanto, se quiseres deixar um comentário, podes fazê-lo. De igual modo, se tiveres alguma dúvida, deixa em comentário que eu responderei.
As folhas de papel deste livro são preenchidas com outras folhas, as das árvores e das plantas que desconhecemos, mas que se tornam cada vez mais familiares, à medida que folheamos e descobrimos um novo poema e uma nova ilustração.
Em Herbário, as palavras brincam umas com as outras, para nos responder a alguns "porquês": Por que é que o cogumelo usa um chapéu? or que é que o girassol olha para o Sol?Por que é que as ervas daninhas são tão infelizes?
As respostas encontradas não são cientificamente comprovadas, mas são com certeza as mais divertidas...
Prémio Gulbenkian de Literatura Infantil, 1999
PNL : Livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura, 5º Ano de escolaridade - Leitura orientada na sala de aula - Grau de dificuldade II
Actividades:
Texto poétco:
Ler um poema extraido do livro para motivar os alunos para a leitura do mesmo;
Solicitar aos alunos que abram o livro e se detenham em alguns poemas que os atraia na comparação texto e imagem.
Cada grupo de alunos selecciona um poema para ler e trabalhar posteriormente na aula.
Emtranscurricular Língua Portuguesa/ Ciências Naturais, icncentivar os alunos a elaborar um herbáreo de turm projecto a.
E como hoje é Dia da Poesia e da Árvore, por que não convidar os alunos para um passeio no recinto da escola em que haja árvores. Depois, junto às árvores, os alunos poderão recitar curtos poemas.
tão concreta e definida como outra coisa qualquer.
António Gedeão, Pedra Filosofal
Saber mais:
Rómulo Vasco da Gama de Carvalho (1906-1997), insigne investigador da história das ciências, professor e pedagogo tornou-se alvo de reconhecimento do grande público com o pseudónimo literário de António Gedeão, nomeadamente como autor da muito célebre Pedra Filosofal.
Rómulo de Carvalho começou a revelar pendor poético ainda na infância, conhecendo-se, pelo menos, três composições autógrafas datadas de 1911: as quadras "Era uma vez um menino", Maria é o 1º nome, bem como o poema "Um Casamento".
A par da actividade de professor liceal, de divulgador de temas científicos, e de investigador, Rómulo de Carvalho retomou, no início da década de 50 o início da criação poética.
António Gedeão publica aos 50 anos, o seu primeiro livro de poesia: Movimento Perpétuo (1956) a que se seguem Teatro do Mundo (1958) e Máquina de Fogo (1960).
Com apenas três livros editados em meia dúzia de anos, ganha rapidamente um lugar de relevo no panorama literário português.
Pedra Filosofal, cantada por Manuel Freire, é bem conhecida dos Portugueses. O poema, escrito por António Gedeão, pseudónimo de Rómulo de Carvalho, publicado em 1961, tornou-se um hino à liberdade e ao sonho.
Rómulo de Carvalho foi professor de física, pedagogo e autor de manuais escolares, historiador da ciência e da educação, divulgador científico e poeta. Como professor de liceu, marcou os seus alunos durante quatro décadas. Como poeta e autor, publicou entre 1956 e 1990 (Poemas Póstumos e Novos Poemas Póstumos, em 1984 e 1990).
"Fiz exame de admissão ao liceu com oito anos e fiquei aprovado. Mas como não tinha idade para frequentar as aulas, continuei na escola primária que era um andar na Travessa do Almada. Ocupava o tempo a ensinar os mais novos. Essa foi a minha primeira experiência como professor. Se calhar, despertou ali a minha vocação…"