"Em toda a infância houve um jardim - isto é coisa de poetas"
Agustina Bessa-Luís |
BlogdosCaloiros is my blog in Portuguese Language curriculum. It aims to enhance the lessons using ICT and captivate cultural curiosity
"Em toda a infância houve um jardim - isto é coisa de poetas"
Agustina Bessa-Luís |
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A história é da responsabilidade da Botnik, um grupo dem escritores, artistas e programadores que “colaboram com máquinas para criar coisas estranhas e novas”, dizem no seu site.
O estúdio pôs um algoritmo a ‘estudar’ os sete livros da saga Harry Potter para que pudesse ele próprio escrever um capítulo da história do fjovem feiticeiro.
O produto inicial era confuso, mas os escritores da Botnik ajudaram a redigir o texto para tornar a leitura mais plausível.
O estilo de escrita da IA é semelhante ao de Rowling, mas a história mais parece um sketch de humor non-sense e ‘pythonesco’ do que do universo Harry Potter.
Harry Potter and
The Portrait of What Looked Like a Large Pile of Ash
No entanto, esta história aparentemente normal do que conhecemos do universo criado por J.K. Rowling tem algumas particularidades. Vejamos...
Quando vê Voldemort, Harry arranca os olhos e atira-os para a floresta. No começo da história, Ron faz “uma espécie de sapateado desenfreado” e desata a “comer a família de Hermione”, que chora quando tenta abrir uma porta cuja palavra-chave é... “Mulheres Bife”.
Perto do final, Dumbledore olha para o “porco dos Hufflepuff”, que “saltava como um grande sapo-touro" e pondo-lhe a mão na cabeça, diz-lhe: “és o Hagrid agora”.
Esquisito, não? Podem crer! E podem ler todo o capítulo online. Wow! Leitura digital, algo que apreciam bastante!
E para finalizar este projecto Harry Potter IA, a Botnik recebeu centenas de criações narrativas de fãs Harry Potter, usando o predictive keyboard (que também pode ser usado para narração e diálogo. E as melhores frases foram escolhidas por um editor e compiladas no capítulo criado pela Botnik! Wow! Excitante!
Eis algo que vos vai entusiasmar mesmo! E que taç começaram a criar as vossas próprias histórias usando estes recursos digitais!
Boas Festas para todos! Tenham um excelente Natal... de preferência com boas notas! E continuem a ler|
Já imaginaram? O Principezinho está a celebrar o seu 70º aniversário! Quem diria? Pois é! Publicado pela primeira vez a 6 de de Abril de 1943, o livro de Antoine Saint-Exupéry comemorou ontem 70 anos de existência.
Lembram quando Google celebrou o 110º aniversário de Saint Exupéry? Foi em 29 Junho 2010. Mas voltemos então ao seu livro mais conhecido no mundo inteiro.
Talvez não saibas que O Principezinho não foi lançado pela primeira vez em França, mas sim nos Estados Unidos, onde Saint-Exupéry se encontrava exilado durante a Segunda Guerra Mundial. O livro só mais tarde foi editado em França, em 1946, pela editora Gallimard, a título póstumo, dado que como te lembras, Saint Exupéry foi dado como desaparecido durante um voo em 1944.
A história, sobre um aviador que tem uma avaria em pleno deserto do Sahara, quase parece premonitória. Descreve uma viagem por vários planetas, por onde O Principezinho vai encontrando uma série de personagens com quem vai conversando e aprendendo, através de diálogos metafóricos e filosóficos. Daí, por vezes, os mais jovens não entenderem muito bem o livro! Mas nada que um professor não possa apoiar numa leitura acompanhada em sala de aula.
O livro conta com as ilustrações do autor, Saint-Exupéry, e é uma verdadeira e deliciosa caminhada pelos ensinamentos da vida, a imaterialidade dos afectos e das coisas que mais devemos valorizar:
"O essencial é invisível aos olhos"
Antoine de Saint-Exupéry, O Principezinho (excerto)
Em 2009, a editora Presença lançou uma edição especial, O Grande Livro Pop-up. É uma das edições mais bonitas desta obra. A narrativa ganha uma nova vida com as aguarelas do autor investidas de movimento e de graciosidade tais que o leitor vai folheando com encantamento.
O principezinho, a rosa, a raposa surgem-nos mais vivos e reais, levando as crianças e por que não os adultos a manterem intacta a capacidade do maravilhamento perante a beleza da obra de Saint-Exupéry.
Mensagens:
Mas, O Principezinho tem mensagens que atraversam os tempos: paz, protecção do planeta, protecção da infância, tolerância, interculturalidade, direito à educação.
O destino fabuloso deste livrinho é um verdadeiro fenómeno éditorial. 70 anos, 70 capas, perto de 265 traduções, mais de 1300 edições e 145 milhões de cópias vendidas.
Se estão atentos a este blogue, sabem que em 2011, O Principezinho ganhou uma edição em mirandês! Verdade! O objectivo desta edição em mirandês de L Princepico é dar a conhecer a língua mirandesa escrita, já oficialmente reconhecida desde 1998, que as pessoas falam e ouvem, mas que raramente lêem.
Voltemos mais uma vez à celebração dos 70 anos da obra. O novo sítio oficial Le Petit Prince.com dá-te todas as novidades sobre esta celebração mundial. É só estares atento à página Actualité. Também poderás seguir a página oficial no Facebook.
Estou certa que muitas outras edições comemorativas do 70º aniversário deLe Petit Prince sairão um pouco por todo o mundo, bem como espectáculos brilhantes se realizarão, como este que teve lugar em Paris, em 2011, em La Défense. Aqui te deixo a 1ª parte. Poderás encontrar as partes 2 e 3 no YouTube.
Para mim, continua a ser um dos meus livros favoritos. E para muitos leitores também, se estivermos atentos ao número de vendas e às inúmeras línguas em que está traduzido.
Ah! Se gostas de ler em e-reader, já está disponível a versão e-book no iTunes. Tudo boas notícias... só para vos incentivar a ler mais!
Será interessante fazer um estudo apronfundado sobre a obra e o seu autor. O novo sítio official é uma boa fonte de pesquisa, além de outras, para educadores e estudantes.
Ainda a utilização da edição do e-book divulgada em Dezembro 2012. Versão iPad, iPhone, Android (apps). Infelizmente não é gratuito.
O céu estava cinzento e quase nunca aparecia o sol, mas enquanto não chovia os meninos iam brincar para o jardim.
Um jardim muito grande e bonito, com uma grade pintada de verde toda em volta, de modo que não havia perigo de os automóveis entrarem e atropelaremos meninos que corriam e brincavam à vontade, de muitas maneiras: uns andavam nos baloiços e nos escorregas, outros deitavam pão aos patos do lago, outros metiam os pés por entre as folhas secas e faziam-nas estalar – crac,crac - debaixo das botas, outros corriam de braços abertos atrás dos pombos, que se levantavam e fugiam, também de asas abertas.
Era bom ir ao jardim. E mesmo sem haver sol, os meninos sentiam os pés quentinhos e ficavam com as bochechas encarnadas de tanto correr e saltar.
Uma vez apareceu no jardim uma menina diferente: não tinha bochechas encarnadas, mas uma carinha redonda, castanha, com dois grandes olhos escuros e brilhantes.
- Como te chamas? - perguntaram-lhe.
- Maria. Às vezes chamam-me Maria Castanha .
- Que engraçado... Maria Castanha! Queres brincar?
- Quero.
Foram brincar ao jogo do apanhar. A Maria Castanha corria mais do que todos.
- Quem me apanha? Ninguém me apanha! Ninguém apanha a Maria Castanha!
Ela corria tanto. Corria tanto que nem viu o carrinho do vendedor de castanhas que estava à porta do jardim, e foi de encontro a ele. Pimba! O saco das castanhas caiu e espalhou-as todas à reboleta pelo chão. A Maria Castanha caiu também e ficou sentada no meio das castanhas.
- Ah. Minha atrevida! – gritou o vendedor de castanhas todo zangado.
- Foi sem querer – explicaram os outros meninos.
- Eu ajudo a apanhar tudo. – disse Maria Castanha, de joelhos a apanhar as castanhas caídas.
E os outros ajudaram também. Pronto. Ficaram as castanhas apanhadas num instante.
- Onde estão os teus pais? – perguntou o vendedor de castanhas à Maria Castanha.
- Foram à procura de emprego.
- E tu?
- Vinha à procura de amigos.
- Já encontraste: nós somos teus amigos – disseram os meninos.
- Eu também sou – disse o vendedor de castanhas.
E pôs as mãos nos cabelos da Maria Castanha, que eram frisados e fofinhos como a lã dos carneirinhos novos. Depois, disse:
- Quando os amigos se encontram, é costume fazer uma festa. Vamos fazer uma festa de castanhas. Gostam de castanhas?
- Gostamos! Gostamos! – gritaram os meninos.
- Não sei. Nunca comi castanhas, na minha terra não há. – disse Maria Castanha.
- Pois vais saber como é bom.
E o vendedor deitou castanhas e sal dentro do assador e pô-lo em cima do lume. Dali a pouco as castanhas estalavam… Tau! Tau!
- Ai, são tiros? – assustou-se a Maria Castanha, porque vinha de uma terra onde havia guerra.
-Não tenhas medo. São castanhas a estalar com o calor.
Do assador subiu um fumozinho azul-claro a cheirar bem. E azuis eram agora as castanhas assadas e muito quentes que o vendedor deu à Maria Castanha e aos seus amigos.
- É bom, é. – ria-se Maria Castanha a trincar as castanhas assadas.
- Se me queres ajudar, podes comer castanhas todos os dias. Sabes fazer cartuchos de papel?
A Maria Castanha não sabia mas aprendeu. É ela quem enrola o papel de jornal para fazer os cartuchinhos onde o vendedor mete as castanhas que vende aos fregueses à porta do jardim.
António Torrado, A Maria Castanha
Leitura Digital:
A Última Castanha
A Última Castanha
António Torrado
Actividades:
Ler as histórias escritas por António Torrado
Do mesmo autor, poderás ler um excerto de "A Última Castanha" aqui
Criar Quadras de São Martinho.
Parabéns ! Muitos Parabéns!
Os alunos das turmas 6F/ 6G/ 6H ... responderam efusivamente, e num curto espaço de tempo, ao desafio Quadras de S. Martinho!
O placar de acesso à sala de Professores ficou bem mais bonito com as vossas quadras e desenhos alusivos a esta época de Festa de S. Martinho.
Mais uma vez me sinto muito orgulhosa dos meus alunos!
O céu estava cinzento e quase nunca aparecia o sol, mas enquanto não chovia os meninos iam brincar para o jardim.
Um jardim muito grande e bonito, com uma grade pintada de verde toda em volta, de modo que não havia perigo de os automóveis entrarem e atropelaremos meninos que corriam e brincavam à vontade, de muitas maneiras: uns andavam nos baloiços e nos escorregas, outros deitavam pão aos patos do lago, outros metiam os pés por entre as folhas secas e faziam-nas estalar – crac,crac - debaixo das botas, outros corriam de braços abertos atrás dos pombos, que se levantavam e fugiam, também de asas abertas.
Era bom ir ao jardim. E mesmo sem haver sol, os meninos sentiam os pés quentinhos e ficavam com as bochechas encarnadas de tanto correr e saltar.
Uma vez apareceu no jardim uma menina diferente: não tinha bochechas encarnadas, mas uma carinha redonda, castanha, com dois grandes olhos escuros e brilhantes.
- Como te chamas? - perguntaram-lhe.
- Maria. Às vezes chamam-me Maria Castanha .
- Que engraçado... Maria Castanha! Queres brincar?
- Quero.
Foram brincar ao jogo do apanhar. A Maria Castanha corria mais do que todos.
- Quem me apanha? Ninguém me apanha! Ninguém apanha a Maria Castanha!
Ela corria tanto. Corria tanto que nem viu o carrinho do vendedor de castanhas que estava à porta do jardim, e foi de encontro a ele. Pimba! O saco das castanhas caiu e espalhou-as todas à reboleta pelo chão. A Maria Castanha caiu também e ficou sentada no meio das castanhas.
- Ah. Minha atrevida! – gritou o vendedor de castanhas todo zangado.
- Foi sem querer – explicaram os outros meninos.
- Eu ajudo a apanhar tudo. – disse Maria Castanha, de joelhos a apanhar as castanhas caídas.
E os outros ajudaram também. Pronto. Ficaram as castanhas apanhadas num instante.
- Onde estão os teus pais? – perguntou o vendedor de castanhas à Maria Castanha.
- Foram à procura de emprego.
- E tu?
- Vinha à procura de amigos.
- Já encontraste: nós somos teus amigos – disseram os meninos.
- Eu também sou – disse o vendedor de castanhas.
E pôs as mãos nos cabelos da Maria Castanha, que eram frisados e fofinhos como a lã dos carneirinhos novos. Depois, disse:
- Quando os amigos se encontram, é costume fazer uma festa. Vamos fazer uma festa de castanhas. Gostam de castanhas?
- Gostamos! Gostamos! – gritaram os meninos.
- Não sei. Nunca comi castanhas, na minha terra não há. – disse Maria Castanha.
- Pois vais saber como é bom.
E o vendedor deitou castanhas e sal dentro do assador e pô-lo em cima do lume. Dali a pouco as castanhas estalavam… Tau! Tau!
- Ai, são tiros? – assustou-se a Maria Castanha, porque vinha de uma terra onde havia guerra.
-Não tenhas medo. São castanhas a estalar com o calor.
Do assador subiu um fumozinho azul-claro a cheirar bem. E azuis eram agora as castanhas assadas e muito quentes que o vendedor deu à Maria Castanha e aos seus amigos.
- É bom, é. – ria-se Maria Castanha a trincar as castanhas assadas.
- Se me queres ajudar, podes comer castanhas todos os dias. Sabes fazer cartuchos de papel?
A Maria Castanha não sabia mas aprendeu. É ela quem enrola o papel de jornal para fazer os cartuchinhos onde o vendedor mete as castanhas que vende aos fregueses à porta do jardim.
António Torrado, A Maria Castanha
Leitura Digital:
A Última Castanha
A Última Castanha
António Torrado
Actividades:
Ler as histórias escritas por António Torrado
Do mesmo autor, poderás ler um excerto de "A Última Castanha" aqui
Criar Quadras de São Martinho.
Parabéns ! Muitos Parabéns!
Os alunos das turmas 6F/ 6G/ 6H ... responderam efusivamente, e num curto espaço de tempo, ao desafio Quadras de S. Martinho!
O placar de acesso à sala de Professores ficou bem mais bonito com as vossas quadras e desenhos alusivos a esta época de Festa de S. Martinho.
Mais uma vez me sinto muito orgulhosa dos meus alunos!