"Em toda a infância houve um jardim - isto é coisa de poetas"
Agustina Bessa-Luís |
BlogdosCaloiros is my blog in Portuguese Language curriculum. It aims to enhance the lessons using ICT and captivate cultural curiosity
"Em toda a infância houve um jardim - isto é coisa de poetas"
Agustina Bessa-Luís |
BlogdosCaloiros is my blog in Portuguese Language curriculum. It aims to enhance the lessons using ICT and captivate cultural curiosity
Anne Frank, pais, irmã e alguns amigos de origem judaica, viveram durante cerca de dois anos, escondidos num exíguo anexo na cidade holandesa de Amesterdão, sabendo que qualquer passo em falso seria fatal.
O esforço seria em vão. No dia 4 de Agosto de 1944, as autoridades descobriram o esconderijo e prenderam todos os residentes.
Dos oito detidos, sete acabariam por morrer em campos de concentração, incluindo Anne. Durante anos, Otto Frank, o pai de Anne, o único sobrevivente do grupo, tentou descobrir quem teria traído a família, denunciando o local onde se encontrava.
Agora, passados setenta e dois anos, um grupo de investigadores parece sugerir uma outra teoria: afinal, os agentes podem ter descoberto o local por pura coincidência.
A investigação é da autoria do próprio Museu Anne Frank. Ainda que não afastem totalmente a hipótese de a família ter sido traída por algum informador ao serviço do regime, como tem sido defendido, os investigadores acreditam que as autoridades nazis encontraram a família de Anne Frank de forma completamente fortuita.
Na verdade, quando entraram no número 263 da Prinsengracht, as secretas alemãs podiam estar a investigar um caso de fraude envolvendo cupões de racionamento ou até um caso de trabalho ilegal.
“Nas actividades diárias, os investigadores [da divisão de Haia] frequentemente encontravam esconderijos de judeus por acaso”, pode ler-se no estudo.
O pai de Anne, Otto Frank, sugeriu sempre que a família tinha sido traída, e apontou alguns possíveis responsáveis. o que influenciou durante décadas as investigações dos historiadores.
O estudo agora divulgado vem acrescentar uma nova perspectiva histórica. vamos continuar a acompanhar.
Anne Frank, como sabemos morreu no campo de concentração alemão Bergen-Belsen aos 15 anos, poucos dias antes da libertação de todos os prisioneiros com a derrota dos Alemães e o final da Guerra 14-18.
O seu diário escrito antes da prisão e deportação, onde retrata o terror que viveu durante aqueles anos, tornou-se um dos relatos mais marcantes sobre esse tenebroso período da história da Europa.
Publicado no Reino Unido em 2006, simultâneamente em edições para jovens e para adultos, O Rapaz do Pijama às Riscas encontra-se actualmente traduzido em 32 línguas, e tem suscitado o interesse da crítica e dos leitores jovens e adultos, um pouco por todo o mundo.
A provar, está a sua adaptação ao cinema em 2008, pelo realizador Mark Herman, conhecido realizador inglês.
O Rapaz do Pijama às Riscas
ediçõe Asa
Vencedor de dois prémios literários na Irlanda "Children's Book of the Year" e "Listener's Choice Book of the Year", bem como "Bisto Children's Book Award".
Foi nomeado para mais de 15 prémios literários internacionais, entre os quais "British Book Award" (Reino Unido), "Premio Paolo Ungary" (Itália), "Prix Farmiente" (Bélgica), e "Borders Original Voices Award" (Estados Unidos). Foi ainda nomeado para a "Carnegie Medal" de 2007.
"Esta é uma história especial e muito difícil de descrever. Embora fosse normal incluir aqui algumas pistas sobre o conteúdo, entendemos que neste caso isso iria prejudicar a experiência da leitura.
Pensamos, de facto, que é importante começar a ler esta obra sem saber do que ela trata e, para os mais curiosos, avançamos apenas isto: quem ler este livro vai embarcar numa viagem com um rapaz de nove anos chamado Bruno; e, mais cedo ou mais tarde, vai chegar com o Bruno a uma vedação...
Vedação como essa, existem um pouco por todo o mundo. Oxalá o leitor nunca encontre nenhuma igual."
Edições Asa, contracapa
Repito as palavras finais. Espero sinceramente que nunca mais na vida de nenhuma criança hajam vedadções. E parte alguma do mundo.
Filme:
Deixo o trailer do filme para que possam relembrar as nossas aulas, ou então ver pela primeira vez, quem sabe. Um livro que devem ler, e um filme que vale a pena ver, mesmo em DVD.
Actividades:
Lemos o livro nas aulas curriculares de Língua Portuguesa em 2009. Os alunos que viram o filme com os pais ou amigos ficaram muito impressionados e pediram para lermos o livro nas aulas de Língua Portuguesa.
O debate e todas as actvidades inerentes, desde a investigação, ao termo de comparação com o livro já lido Diário de Anne Frank bem como as propostas de escrita criativa tornaram o tema muito envolvente, visto por jovens que desconhecem o que pode ser uma infância ou juventude atravessada pela guerra, pior ainda, por campos de concentração.
Só mais tarde, O Rapaz do Pijama às Riscas foi incluido no programa Ler + . E para relembrar todas as crianças e adultos que morreram em campos de concentração, o mundo hoje relembra:
Estima-se que seis milhões de pessoas tenham sido exterminadas na Europa durante a Segunda Guerra Mundial, às mãos do regime hitleriano.
Quantas leituras fizemos sobre este tema tão lancinante da História da Humanidade! E como todos aderiram com empenhamento, para saber mais sobre esta época histórica que não foi assim há tanto tempo.
Relembremos o Diário de Anne Frank que lemos : PNL - Diário de Anne Frankque foi adaptado ao cinema e a uma série de televisão
"A curta-metragem sobre a Anne Frank mostra mesmo o que aconteceu. É quase tão triste como o livro. Talvez seja mais, porque no livro nós podemos imaginar as imagens de uma maneira que não seja tão violenta como o filme retratava, e muito bem, o holocausto. Os milhares de judeus a entrarem em camiões e em comboios para irem directos aos campos, dizendo de outra forma, iam directos à morte. Mas apesar de tudo gostei do filme, das imagens, de tudo. Eu gostei muito do "Diário de Anne Frank ", e vou começar a ler "O Mundo em que Vivi", de Ilse Losa . Penso que se trata do holocausto e das próprias experiências por que a escritora judia (penso que antes era alemã, mas nacionalizou-se portuguesa e viveu cá) passou."
"Já li o livro e aconselho a todos! É deveras espantoso... Não sei em que sentido é que outras pessoas não gostaram... Mas, bem, gostos não se discutem!
Estou muito ansiosa para ver o filme, e espero poder lembrar-me de cada momento do livro e associá-lo a esta nova estreia!"
Ilse Losa, O Mundo em que vivi no blogue de intercâmbio escolar com os nossos colegas franceses em FrancêsLE.
Lemos pois os três livros e estudamos os efeitos terríficos da 2ª Guerra Mundial nas aulas curriculares de Língua Portuguesa.
"Gosto das histórias de Ilse Losa. Já visitei a exposição que está patente na Biblioteca da escola. Os relatos de vida da autora são impressionantes. E saber que agora mora aqui tão perto da escola!
Teve muita sorte em conseguir fugir da perseguição nazi. Anne Frank não foi tão feliz...!"
Inês Gil, 11 anos, 2006
"Gosto muito dos livros da Ilse Losa. É talvez uma das minhas escritoras favoritas!"
Quando a morte nos conta uma história temos todo o interesse em escutá-la. Assumindo o papel de narrador em "A Rapariga que Roubava Livros", vamos ao seu encontro na Alemanha, por ocasião da segunda guerra mundial, onde ela tem uma função muito activa na recolha de almas vítimas do conflito.
E é por esta altura que se cruza pela segunda vez com Liesel, uma menina de nove anos de idade, entregue para adopção, que já tinha passado pelos olhos da morte no funeral do seu pequeno irmão. Foi aí que Liesel roubou o seu primeiro livro, o primeiro de muitos pelos quais se apaixonará e que a ajudarão a superar as dificuldades da vida, dando um sentido à sua existência. A ler aqui
Livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura, 9º Ano de escolaridade, Leitura orientada na Sala de Aula - Grau de dificuldade II
Impossível não relembrar leituras tão marcantes que nos levam a olhar com muito respeito para este dia de memória histórica.
Saber mais:
Poderão ainda visitar onlineos seguintes sítios web:
"Se Deus me deixar viver, hei-de ir mais longe de que a mãe. Não quero ficar insignificante. quero conquistar o meu lugar no Mundo e trabalhar para a Humanidade.
O que sei é que a coragem e a alegria são os factores mais importantes na vida!
Há quem tenha considerado o livro de Boyne de má qualidade literária. Não vou contestar. Mas foi best-seller do jornal New York Times.
Não podemos esquecer que é um livro de literatura juvenil, e os critérios literários podem ser diferentes, defendendo eu que a qualidade literária deve ser tão exigente como qualquer outro género de literatura.
Mas o livro teve muito sucesso. E os alunos apaixonaram-se pela sua leitura. Em todo o mundo.
Publicado no Reino Unido em 2006, simultâneamente em edições para jovens e para adultos, O Rapaz do Pijama às Riscas encontra-se actualmente traduzido em 32 línguas e tem suscitado o interesse da crítica e dos leitores um pouco por todo o mundo.
A prová-lo está a sua adaptação ao cinema, num filme dirigido por Mark Herman, conceituado realizador inglês.
Vencedor de dois prémios literários na Irlanda “Children’s Book of the Year” e o “Listener’s Choice Book of the Year”, bem como do “Bisto Children’s Book Award”.
Foi nomeado para mais de 15 prémios literários internacionais, entre os quais o “British Book Award” no Reino Unido, o “Premio Paolo Ungary” em Itália, o “Prix Farmiente” na Bélgica, e o “BordersOriginal Voices Award” nos Estados Unidos. Foi ainda nomeado para a “Carnegie Medal” de 2007.
Na contracapa pode ler-se:
"Esta é uma história especial e muito difícil de descrever. Embora fosse normal incluir aqui algumas pistas sobre o conteúdo, entendemos que neste caso isso iria prejudicar a experiência da leitura.
Pensamos, de facto, que é importante começar a ler esta obra sem saber do que ela trata e, para os mais curiosos, avançamos apenas isto: quem ler este livro vai embarcar numa viagem com um rapaz de nove anos chamado Bruno; e, mais cedo ou mais tarde, vai chegar com o Bruno a uma vedação...
Vedação como essa, existem um pouco por todo o mundo. Oxalá o leitor nunca encontre nenhuma igual."
Edições Asa
Também eu! Espero sinceramente que nunca nas vossas vidas encontrem vedações destas! Em parte alguma do mundo.
Deixo o vídeo do filme para que possam começar a saborear a próxima ida ao cinema. Mas... continuamos a ler o livro.
Os alunos que viram o filme com os pais ou amigos ficaram muito impressionados e pediram para ler o livro nas aulas de Língua Portuguesa.
O debate e todas as actvidades inerentes, desde a investigação, ao termo de comparação com o livro já lido, O Diário de Anne Frank bem como as propostas de escrita criativa tornaram o tema muito envolvente, visto por adolescentes que desconhecem o que pode ser uma infância ou juventude atravessada pela guerra.
Nota:
Mais tarde, O Rapaz do Pijama às Riscas foi incluido no programa Ler + do Plano Nacional de Leitura, livro recomendado, 3º Ciclo, Leitura autónoma.
A nossa leitura fo feita nos currículos de Língua Portuguesa, 2º ciclco, 6º ano. Os alunos fizeram a leitura autónima, acompanhada de fichas pedagógicas e debate nas aulas curriculares.
"A nossa rua não foi baptizada por causa das aves que andavam no quarto piso, mas a minha mãe disse-me donde lhe viera o nome. Há muito, muito tempo, antes de haver automóveis, havia uma avenida de árvores no meio da rua debaixo de cujos ramos as carruagens puxadas por cavalos passavam. Já fora há tanto tempo que a minha mãe não se lembrava disso. Só a avó se recordava. Ela dizia que essas árvores estavam carregadas de pássaros. Milhares e milhares deles. Por isso deram à rua o nome de Rua dos Pássaros." (...)
Uri Orlev, A Ilha na Rua dos Pássaros, Âmbar Editora
Depois de conseguir fugir do gueto e ser escondido por famílias polacas, Orlev e o seu irmão seriam enviados para o campo de concentração de Bergen-Belsen. Libertados dois anos depois, imigraram para Israel.
Orlev já publicou 29 livros para crianças e jovens, bem como ficção para adultos. Também é tradutor ( polaco/ hebraico).
Os seus livros estão traduzidos em 38 idiomas. Orlev ganhou o Prémio Hans Christian Andersen em 1996, entre outros.
Sabes que o livro A Ilha na Rua dos Pássaros aborda o acontecimento histórico tenebroso, que teve lugar durante a II Guerra Mundial, o Holocausto. Um assunto que estudámos e desenvolvemos actividades curriculares, ao lermos o livro O Mundo em que Vivi de Ilse Losa.
No próximo dia 27 Janeiro é Dia Internacional da Memória do Holocausto. Para que o mundo não esqueça os horrores de um dos acontecimentos mais trágicos da História da Europa.