"Em toda a infância houve um jardim - isto é coisa de poetas"
Agustina Bessa-Luís |
BlogdosCaloiros is my blog in Portuguese Language curriculum. It aims to enhance the lessons using ICT and captivate cultural curiosity
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Foram muitas as gerações que leram comigo Saramago! Por missão, por gosto. A isso juntámos a admiração, mais tarde, quando foi laureado com o Prémio Nobel da Literatura em 1998.
"Começar a ler foi para mim como entrar num bosque pela primeira vez e encontrar-me, de repente, com todas as árvores, todas as flores, todos os pássaros. Quando fazes isso, o que te deslumbra é o conjunto. Não dizes: gosto desta árvore mais que das outras. Não, cada livro em que entrava, tomava-o como algo único."
José Saramago, El País Semanal, Madrid, 29 de Novembro de 1998
Saramago foi muito controverso nas suas ideias. Mas para nós, o importante era o estudo e o debate crítico do valor inestimável da sua obra reflectida na literatura contemporânea portuguesa.
Apesar de não se cingir às regras morfossintácticas da norma padrão da língua, a sua escrita, talvez por isso mesmo, atraía as novas gerações.
José Saramago não escreveu muito para crianças e adolescentes! Não que considerasse a literatura infantil e juvenil um género menor da Literatura. Pelo contrário! Pela dificuldade que sentia, como ele próprio escreveu no livro A Maior Flor do Mundo que assim começa:
"As histórias para crianças devem ser escritas com palavras muito simples, porque as crianças, sendo pequenas, sabem poucas palavras e não gostam de usá-las complicadas.
Quem me dera saber escrever essas histórias, mas nunca fui capaz de aprender, e tenho pena."
José Saramago, A Maior Flor do Mundo, Ed. Caminho, Dezembro 2002, 1ª edição
"Teenho muita pena de não saber escrever histórias para crianças" e continua, desafiando a criatividade dos seus jovens leitores " Quem sabe se um dia virei a ler outra vez esta história, escrita por ti que me lês, mas muito mais bonita?..."
O célebre cantautor ex-Beatle, Paul McCartney escreveu agora uma história para os mais jovens. Trata-de de um livro que tenta alertar os jovens para os problemas ambientais. O título é Lá no Cimo das Nuvens ,tradução de High in the Clouds e tem a parceria de Geoff Dunbar & Philip Ardagh
Guilhilo, o esquil, está deitado no seu ramos favorito, a mastigar bolotas de um saco, enquanto ouve a mãe a contar uma das suas histórias. É como comer pipocas enquanto se vê um bom filme.
Espalhadas nos ramos das árvores, como notas numa pauta de música, estão as criaturas da Bosquelândia, todas hipnotizadas pelas palavras de Docecauda. Quer dizer, todas menos Ressonas, o mocho, que está a fazer o que melhor sabe fazer de dia. Ressonar baixinho. Mas não é por mal. É que ele é uma ave nocturna.
Desde que é gente, quer dizer, esquilo, que Guilhilo se lembra de a mãe ser a contadora de histórias oficial da Bosquelândia e que sempre preferiu as histórias acerca de Animália.
Além, pintada no céu nocturno, há o que parece a imagem de um esquilo de cauda farfalhuda, feita de um pó branco e brilhante. Como açucar.
(texto com supressões)
Paul McCartney, Geoff Dunbar e Philip Ardagh, Lá no Cimo das Nuvens,
Lá No Cimo das Nuvens é um verdadeiro acontecimento literário destinado a tornar-se num clássico da literatura infanto-juvenil.
Traduzido em 15 países, é um autêntico sucesso de vendas nos Estados Unidos, com uma tiragem inicial de 500.000 exemplares, prometendo revelar-se em Portugal como um sucesso editorial.
Movido por questões ecológicas e pela defesa dos direitos dos animais, Paul McCartney juntou-se a dois artistas para criar um livro dirigido a crianças sendo as personagens baseadas no filme de animação Tropic Island Hum.
Informação | Actividades
Paul McCartney fez parte dos Beatles, a banda rock que revolucionou o panorama musical dos anos 60.
Desde criança,Paul foi um apaixonado pelos cássicos de Walt Disney. Criou vários filmes animados em colaboração com Geoff Dunbar, entre os quais Rupert and the Frog Song, Tropic Island Hum, Tuesday.
Aqui têm então vários links para poderem conhecer melhor o cantor. E descobrir o escritor. Espero que se divirtam ao aprender. E já sabem. O livro ? Vamos continuar a ler nas nossas aulas curriculares de Língua Portuguesa.