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"Em toda a infância houve um jardim - isto é coisa de poetas" Agustina Bessa-Luís | BlogdosCaloiros is my blog in Portuguese Language curriculum. It aims to enhance the lessons using ICT and captivate cultural curiosity

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Louisa-May Alcott : Mulherzinhas, 150 Anos !

 

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Mulherzinhas

Louisa May Alcott

Relógio d'Água

https://relogiodagua.pt/

 

Mulherzinhas um livro de inspiração autobiográfica de Louisa May Alcott foi publicado em 1868. Conta a história de quatro irmãs crescendo entre 1861 e 1865, durante a Guerra Civil Americana. Teve um outro volume , "Good Wives" em 1869.

 

A autora cresce com três irmãs, uma mãe temperamental e um pai manipulador. Não foi fácil! Particularmente no século XIX.

 

Apesar de tudo, foi essa infância que a inspirou a escrever um livro que se tem eternizado e que este ano 2018 celebra 150 anos! Um século e meio de existência.

 

Esta é pois a história que está na origem de Mulherzinhas.

 

 

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Mulherzinhas: 150 anos

Louisa May Alcott

http://www.revistaestante.fnac.pt/

 

Quando tinha oportunidade, pegava nos livros do pai, filósofo. Brincava com eles, e quando tinha um lápis ou uma caneta à mão, escrevinhava as páginas em branco. Gostava de ler e escrever. E os melhores momentos eram aqueles em que o pai a deixava correr livremente pela casa. Sem a castigar por ser demasiado irrequieta.

 

“Sempre achei que devo ter sido um veado ou um cavalo numa vida passada, porque correr é uma alegria. Nenhum rapaz pode ser meu amigo até eu o derrotar numa corrida, e nenhuma rapariga se se recusar subir às árvores ou saltar vedações.”

 

Louisa-May Alcott

 

Escritora norte-americana que se dedicou principalmente à literatura juvenil. Foi educada pelo pai, o filósofo e educador Amos Bronson Alcott. Teve a oportunidade de conviver com intelectuais como Henry David Thoreau e Ralph Waldo Emerson. Tudo isto viria a infleuenciar a sua personalidade.

 

 

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Louisa May Alcott, 1832-1888

https://americanliterature.com/

 

Esta é Louisa. Louisa May Alcott. A segunda mais velha de quatro irmãs. Maria-rapaz rebelde, independente e temperamental. Sai à mãe. É bem diferente das suas irmãs. Anna, a mais velha, a protegida do papá e a perfeição em pessoa. Elizabeth introvertida e pacífica. E Abigail, a mais nova, ligada às artes. Além de ser a mais mimada, claro.

 

Louisa sentia inveja da atenção que as irmãs recebem mas nunca o demonstrava. Sentimentos como esse não eram permitidos. Guardava-os para quando, anos mais tarde, começará a escrever livros que vão encantar dezenas de gerações até aos dias de hoje.

 

 

mulherzinhas-bertrand1.jpg

 

Mulherzinhas

Louisa May Alcott

Bertrand Editora

https://www.bertrand.pt/

 

Ir+ longe: História do livro

 

Louisa tem agora 35 anos. Despede-se do emprego como editora de uma revista para crianças e regressa a casa dos pais para começar a escrever. 

 

Mas sente-se desanimada, porque não quer fazer o que o seu editor, Thomas Niles, lhe propõem.

 

“Ele pediu-me para escrever um livro para raparigas. Disse-lhe que ia tentar”, desabafa no seu diário.

 

Não tenta sequer. Mas Niles é persistente. Continua a perguntar-lhe pelo livro que ela tanto evita. O pai pressiona-a também.

 

O problema é que escrever aquilo que o editor quer, a história de uma família como a sua – uma “família patética”, como gosta de lhe chamar –, não lhe parece nada fácil. 

 

 

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Little Women

Meg, Jo, Beth and Amy

Louisa. M. Alcott, 1868

https://pt.wikipedia.org/

 

Por fim, dá o braço a torcer. Pensa em si e nas irmãs e cria quatro personagens: Jo March será, tal como ela, a segunda mais velha, a maria-rapaz de feitio difícil que está sempre metida em sarilhos; Meg, a mais velha, o exemplo da mulher perfeita; Beth, a mais tímida e conformada; Amy, a mais nova, a artista. Vivem com a mãe em New England. O pai, esse, fica ausente da história. Ao serviço na Guerra Civil Americana parece-lhe uma boa desculpa.

 

 

mulherzinhas-ofic-livro.jpg

 

 

Mulherzinhas

Louisa May Alcott

Oficina do Livro

http://bibliografia.bnportugal.gov.pt/

 

Sinopse:

 

As irmãs Meg, Jo, Beth e Amy conhecem algumas dificuldades depois da partida do seu pai para a guerra e dos problemas económicos que a família enfrenta. Mas o espírito lutador e de união que reinam naquele lar ajudam-nas a seguir em frente. Quer em casa quer nas relações com os amigos e vizinhos, elas conseguem surpreender e continuar e ser fiéis aos seus sonhos, vivendo cada dia com esperança e boa-disposição.

 

Uma história em que o amor e a coragem se revelam mais fortes do que todas as dificuldades que estas quatro raparigas, juntamente com a sua mãe, têm de enfrentar.

 

Mulherzinhas torna-se num sucesso. O  primeiro volume foi publicado em 1868. O impacto junto do público jovem feminino foi tão grande que leitoras viajam até Concord, região do Massachusetts onde a autora vive, na esperança de a verem de perto. 

 

 

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 Orchade, casa de família  Alcott

http://www.louisamayalcott.org/

 

Passados 150 anos após a primeira reacção, ainda há quem visite a casa para conhecer o local onde Louisa May Alcott idealizou e escreveu Mulherzinhas.

 

O facto de pôr em causa o ideal de perfeição feminina retratado na literatura da época. É uma história que retrata mulheres reais, mulheres que falham, têm defeitos, sonham e se atrevem a ser diferentes. 

 

Além disso, Louisa May Alcott foi provocadora. E deixou a história inacabada. Nenhuma das irmãs March teve um final na sua narrativa, algo que deixou as leitoras ávidas por mais.

 

O livro Mulherzinhas teve várias adaptações ao cinema e televisão. A primeira versãocinematográfica foi em 1917, outras em 1933, 1949, e 1978. A penúltima em 1994.

 

 

 

 

A última versão estreou este ano, precisamente para comemorar os 150 Anos. Não! Desenganem-se. Em Portugal não passou.

 

Mas, há  um novo Little Women  que chegará em Dezembro de 2019.

 

 

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Little Women

Greta Gerwig, 2019

credits: Kathleen Jones

https://www.bostonglobe.com/

 

Emma Watson, a Hermione de Harry Potter, já publicou no seu Instagram uma fotografia na personagem de Meg March, ao lado das suas ‘irmãs’ no filme, Saoirse Ronan, Florence Pugh e Eliza Scanlen que intepretam Jo, Amy e Beth March, respectivamente, de Timothée Chalamet que dá vida ao jovem Laurie e de Greta Gerwig, a realizadora desta nova versão cinematográfica da famosa obra literária de Louisa May Alcott.

 

Uma cena comovente de Mulherzinhas: é o Natal que não é o mesmo para Meg, Jo, Beth e Amy. O seu pai está longe, na guerra, e a família passa por tempos difíceis.

 

 

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Little Women/ Mulherzinhas

Gilliam Amstrong, 1994

https://www.imdb.com/

 

Mas, apesar de estarem a atravessar dificuldades, a vida das quatro irmãs March é repleta de acontecimentos. Fazem jogos, encenam peças, estabelecem amizades, discutem, lutam contra os seus defeitos, aprendem com os erros, ajudam-se em momentos de doença e decepção e envolvem-se em todo o tipo de sarilhos.

 

E bom! Chegaram as férias Natal. Só posso deixar votos de Festas Felizes para todos!

 

A Professora GSouto

 

19.12.2018

 

Licença Creative Commons

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