Já ouviu falar de Adelaide Cabete ? Google presta-lhe homenagem !
Google Doodle 156ª Aniversário de Adelaide Cabete
https://www.google.com/doodles/
Google, o motor de pesquisa homenageia com um Doodle, o 156º anuversário da activista feminista e activista portuguesa Adelaide Cabete, médica de formação que nasceu em Elvas no dia 25 de janeiro de 1867. Adelaide de Jesus Damas Brazão Cabette, mais conhecida como Adelaide Cabete, foi uma das principais feministas portuguesas do século XX.
Google Doodle:
O Doodle referencia que Adelaide Cabete trabalhou na infância para ajudar a família mas, apesar disso, conseguiu aprender a ler e escrever. Depois de completar o ensino secundário aos 23 anos, Adelaide Cabete acabou por se formar em medicina dez anos depois - tornando-se assim a terceira mulher portuguesa a fazê-lo, até à época.
Retrato de Adelaide Cabete(1908)
Saber + Dados biográficos
Adelaide Cabete que nasceu em Elvas no dia 25 de Janeiro 1867, republicana convicta, foi médica obstetra, ginecologista, professora, maçon, autora, benemérita, pacifista, abolicionista, defensora dos animais e humanista. Foi pioneira na reivindicação dos direitos das mulheres, e durante mais de vinte anos, presidiu ao Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas.
Acabou, no entanto, por se distinguir na formação da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas em 1909, e do Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas em 1914. Através destas duas instituições e também da revista 'Alma Feminina', Cabete apoiou mulheres desfavorecidas e promoveu a sensibilização para uma melhor higiene feminina e abertura de maternidades.
Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas
Sessão inaugural do II Congresso Feminista e de Educação do CNMP (24 de Junho de 1928)
https://pt.wikipedia.org/wiki/
Entre 1924 e 1928 ajudou a organizar os dois primeiros congressos feministas, onde se defendeu direitos políticos, civis, educacionais e económicos para as mulheres, tornando-se um símbolo de futuros movimentos feministas.
Em 1929, partiu com o sobrinho Arnaldo Brazão para Luanda, Angola. Por lá, continuou a escrever e a exercer medicina, enquanto lutava pela causa feminista e a defesa dos direitos dos indígenas, assim como ao livre acesso à saúde pública. Reivindicou a construção de uma maternidade pública, vindo a construir-se, em resultado dessa sua ação, a Maternidade Alfredo da Costa em Lisboa, em 1932.
Suplemento do jornal O Século sobre as sufragistas da
Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, publicado a 12 de maio de 1910
Em 1934, ficou gravemente ferida num acidente com uma arma de fogo. Pouco tempo depois, com 67 anos de idade, e ainda com a saúde bastante debilitada, decidiu voltar a Lisboa, onde poderia ter melhores condições para recuperar e ter acesso a outros tratamentos. Contudo, sofreu uma queda onde partiu uma perna, piorando o seu estado.
Um ano depois, Adelaide Cabete faleceu a 14 de Setembro de 1935, em Lisboa, na sua casa.
Dirigiu a revista Alma Feminina e foi ainda presidente da Cruzada Nacional das Mulheres Portuguesas – movimento à frente do qual organizou o I Congresso Feminista e de Educação, em 1924, em Lisboa. Neste congresso apresentou também um projecto de natureza pedagógica relacionado com a luta antialcoólica nas Escolas, um reconhecido marco essencial na Educação em Portugal.
Adelaide Cabete
1867-1935
Isabel Lousada
https://www.esquadroecompasso.pt/
Ao longo de sua vida, Adelaide Cabete lutou activamente pelo sufrágio feminino e lançou as bases para futuros movimentos feministas. Cabete é sem dúvida uma das figuras mais importantes da sociedade portuguesa, lembrada pela sua liderança destemida.
Edição Comemorativa dos 155 Anos do Nascimento de Adelaide Cabete, figura incontornável da afirmação dos direitos das mulheres portuguesas, no sentido da construção em toda a Terra, de sociedades livres, justas e fraternas.
Actividdades:
- Currículos de Cidadania:
Alertar os alunos para a existência do Doodle, solicitando que façam uma curta pesquisa sobre quem foi Adelaide Cabete e o seu papel fundamental dos direitos civis das mulheres portuguesas, educação, saúde entre vários outros.
Solicitar o debate sobre os direitos das mulheres em Portugal. E qual a situação actual das raparigas e mulheres portuguesas na actualidade em que os estudantes vivem.
Convidar os alunos a organizar um Mural na sala de aula para futura apresentação alargada na biblioteca da escola, no Dia da Mulher, que tem lugar no dia 8 Março.
A Professora GSouto
25.01.2023
