Dia Mundial do Livro & dos Direitos de Autor vs. Abolição Pena de Morte Portugal
Dia Mundial do Livro 2017
Faça da Leitura uma Causa de Vida
ilustração: Cristina Sampaio
A 23 de Abril celebra-se o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor. A data tem como objectivo reconhecer a importância e a utilidade dos livros, assim como incentivar hábitos de leitura nas crianças e nos adultos.
Os livros são um importante meio de transmissão de cultura e informação, e elemento fundamental no processo educativo.
Miguel de Cervantes
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O Dia Mundial do Livro é comemorado, desde 1996 e por decisão da UNESCO, a 23 de Abril. Trata-se de uma data simbólica para a literatura, já que, segundo os vários calendários, neste dia desapareceram importantes escritores como Cervantes e Shakespeare, entre outros.
É assim prestada homenagem à obra de grandes escritores, como Shakespeare e Cervantes, falecidos em 22 e 23 de Abril de 1616, respectivamente.
O Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor é comemorado, desde 1996 e por decisão da UNESCO, a 23 de Abril.
Ir + longe:
A ideia da comemoração teve origem na Catalunha: a 23 de Abril, dia de São Jorge. Nesse dia, uma rosa é oferecida a quem comprar um livro.
Esta data foi escolhida com base na tradição catalã segundo a qual, neste dia, os cavaleiros ofereceriam às suas damas uma rosa vermelha de S. Jorge, e em troca um livro, testemunho das aventuras do heroico cavaleiro.
Google dedica hoje um Doodle que celebra St George, padroeiro do Reino Unido que aparece na página de entrada do motor de busca desse país.
Criança invisual lendo em Braille
Tema 2017
Este ano, o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor faz especial atenção às pessoas invisuais ou com limitações de visão.
Segundo a União Mundial de Cegos, aproximadamente uma pessoa em cada 200 - 39 milhões - são invisuais e 246 milhões têm visão muto reduzida. Estima-se que estas “pessoas com incapacidade visual” ou “pessoas com incapacidade para ler letra impressa” poder aceder a 10% de toda a informação escrita e obras literárias que as pessoas sem problemas visuais podem ler.
Facto histórico: Abolição Pena de Morte em Portugal no Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor
150º Aniversário Abolição Pena de Morte em Portugal
http://150anosdaabolicaodapenademorteemportugal.dglab.gov.pt/
Facto histórico: Abolição Pena de Morte em Portugal
O Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor celebra-se pois hoje, em todo o mundo, mas em Portugal a efeméride associa-se ainda a um facto histórico muito importante.
Celebram-se os 150 anos da Abolição da Pena de Morte em Portugal (1867-2017).
Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor 2017
http://www.municipio-portodemos.pt/
Talvez entendam melhor o cartaz desenhado pela cartoonista Cristina Sampaio (bem nossa conhecida) no qual se vê um carrasco a rejeitar o acto da morte para ler um livro.
Com um cartaz desenhado por Cristina Sampaio, no qual se vê um carrasco a rejeitar o acto da morte para ler um livro, incita-seassim à leitura e à celebração do livro como "um hino à vida" e, ao mesmo tempo, recorda que Portugal foi um dos primeiros países a abolir a pena de morte, no século XIX.
Carta de Lei
http://150anosdaabolicaodapenademorteemportugal.dglab.gov.pt/carta-de-lei/
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Portugal foi um dos primeiros países a inscrever no seu sistema legal uma lei de abolição da pena de morte para crimes civis, colocando-se na linha da frente dos países pioneiros do desiderato inspirador do filósofo milanês Cesar Beccaria. A dimensão do acto teve forte impacto no contexto europeu da época.
A Carta de Lei de Abolição da Pena de Morte em Portugal, documento do Arquivo Nacional da Torre do Tombo recebeu, no dia 15 de Abril de 2015, a distinção de Marca do Património Europeu.
Selo comemorativo 150 anos Abolição Pena de Morte, Portugal
créditos: CTT
Os CTT assinalanaram o 150.º aniversário da abolição da pena de morte em Portugal através da emissão de selos comemorativos a 1 de Julho 2017.
A emissão é composta por dois selos que apresentam imagens dos dois principais responsáveis políticos pela abolição da pena de morte: D. Luís, num retrato a óleo da autoria de Eduardo Machado, e Augusto César Barjona de Freitas, o ministro da Justiça, num retrato produzido pelo pintor catalão Salvador Escolá Arimany.
O ministro conseguiu fazer aprovar no Parlamento um novo código civil que excluía a pena de morte, o monarca sancionou o decreto através da Carta da Lei, publicada a 1 de Julho de 1867.
Em 2017, e porque se comemoram os 150 Anos da Abolição da Pena de Morte em Portugal a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas quis relacionar o Dia Mundial do Livro com esta efeméride, incitando à leitura e celebrando o livro como um hino à vida .
O cartaz do Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor pretende mostrar simbolicamente que o livro e a leitura são factores fundamentais para o crescimento económico, político, social e cultural, e que se encontram na base da cidadania plena.
Nota:
Não é que concorde com esta dicotomia que sob o ponto de vista visual, é o que atrai mais rapidamente o público infantil e juvenil. Não favorecerá o gosto pela leitura. É demasiado sombrio e confuso ao primeiro olhar. São as escohas de quem decide... mas é preciso descer ao nível etário que se pretende atingir. E o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor é dirigido a todos, mas com particular incidência aos leitores mais jovens.
Caberá então aos professores a integração adequada deste cartaz para motivar os alunos para o gosto da leitura.
Actividades:
No Dia Mundial do Livro decorrem várias acções de promoção dos livros e da leitura, organizados por livrarias, associações culturais, escolas, universidades e outras entidades.
- Neste dia também se podem comprar livros a preço especial em várias livrarias.
- Actos individuais: Leia hoje um livro ou excerto de livro a uma criança invisual ou a uma pessoa com deficiência visual.
- Como complemento, informar-se sobre a abolição da pena de morte em Portugal.
"Hoje, uma das tristes realidades é que pouquíssimas pessoas, em especial jovens, lêem livros. A menos que encontremos formas imaginativas de resolver esse problema, as futuras gerações arriscam-se a perder a sua história."
Mandela, discurso 2005
A Professora GSouto
22.04.2017
actualizado 01.07.2017