Ano lectivo 2023-2024, mais promissor ?!
créditos: Nuno Veiga | Lusa
E começou hoje, dia 12 de Setembro, o novo aluno lectivo. O ano lectivo 2023/2024 arrancou esta terça-feira para cerca de 1,3 milhões de alunos do 1.º ao 12.º anos, mas muitos não terão ainda todas as disciplinas por faltarem professores nas escolas. E há já o expectro de mais greves de professores.
Entre 12 Setembro e 15 Setembro, centenas de milhares de alunos regressam às aulas. Muitos, vão ingressar na escola pela primeira vez. De qualquer modo, a azáfama do período que antecede o recomeço das aulas, e as primeiras semanas do ano lectivo é uma certeza. Mas, também muitas dúvidas... professores nas escolas, é uma das mais importantes para alunos e pais.
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Forum do Estudante
A falta de professores, bem como a continuação das greves voltam a assombrar este regresso às aulas. Há falta de professores, pelo menos numa disciplina. No final da semana passada, mesmo depois de terem sido colocados quase três mil docentes, as escolas tinham ainda cerca de 1 300 horários vagos. Fala-se em mais de 100 mil alunos sem professor.
Um assunto que está igualmente presente em França no início do novo ano lectivo que se iniciou a 3 de Setembro. Apesar do apelo do Ministère de l'Éducation e do novo ministro Gabriel Attal com a revalorização da carreira docente para os mais recentes.
Essa falta de professores afecta sobretudo as escolas das regiões do Algarve, Lisboa e Vale do Tejo. Mas também afecta algumas disciplinas curriculares, como Português, Matemática ou Informática.
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via CNN
Mas, já sabemos que a ausência de professores poderá não ser, no entanto, o único factor a deixar os alunos sem aulas. Prevê-se a continuação de greves.
Como antiga professora, a quem o Estado reteve, tal como a muitos de nós, 10 anos sem avançar na carreira, sem nunca termos sido recompensados, não me vou alongar sobre o problema das greves com as quais discordo. Não são os sindicatos que mandam nod professores. Somos nós professores que devemos saber tomar atitudes correctas, pensando no bem estar dos alunos, Não foi para isso que escolhemos ser Professores?
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É preciso reflectir! Depois de quase dois anos de pandemia com escolas encerradas, deixar os alunos sem aulas, no ano lectivo seguinte, como foi o ano 2022-2023, continuando a prejudicar gravemente as aprendizagens dos alunos, é penalizar as novas gerações que que querem aceder ao Ensino Superior, mas que não adquiriram as competências básicas. Os professores universitários não dão passagens administrativas.
Não passaram muitos anos, em que éramos obrigados a fazer estágio e sem qualquer tipo de remuneração. E se não o fizessemos, ver-no-iamos obrigados a andar de terra em terra, ano após ano - que é o caso presente - com obrigatoriedade de aceitar o horário que nos metessem nas mãos, sob pena de ficarmos suspensos para concorrer durante dois anos.
Agora, recuperam quatro anos dos seis que estiveram retidos, pelo menos, podem recusar horários sem penalizações, e terão estágio pago... e ainda assim, continuam greves, logo no início do ano, incluindo o Dia do Professor!? - continuando a desestabilizar os alunos, cansados de correr para a escola diaramente há dois anos, e voltarem para casa decepcionados porque os professores não comparecem. Estão em greve...
via JN
Enfim, meus colegas de profissão, há que ter bom senso. Mais regalias do que a maioria teve durante anos, já conquistaram! Pensem nos alunos, nos sacrifícios de muitos pais. Os vossos filhos também podem ser vítimas disso.
Acresce que, com mais ou menos greves, vai prossseguir o plano de recuperação das aprendizagens para colmatar as dificuldades vividas durante a pandemia de Covid-19, mas desta vez sem reforço de professores. Não sei como...
A juntar a esse, deve ser implementado pelas escolas mais afectadas pelas greves durante ano lectivo 2022-2023, um outro plano de recuperação nas disciplinas mais penalizadas pela ausência de professores.
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Para piorar, o vírus já anda aí de novo! Nesta altura, a doença já está numa fase de transmissibilidade “maior” face à entrada de uma nova variante mais transmissível, mas sem aumento da gravidade dos casos, notou um médico.
E por que é que isto está a acontecer? A aglomeração de pessoas, como a que se verificou na Jornada Mundial da Juventude, nos Festivais de verão, e nas muitas festas locais, são razões apontadas.
Enfim, esperemos que tudo corra pelo melhor! Eeque o novo ano lectivo possa funcionar sem grandes anomalias.
A Professora GSouto
12.09.2023