Mulheres correspondentes de guerra : Clare Hollingworth !
Clare Hollingworth [1911-2017]
https://www.facebook.com/celebrateclare/
Clare Hollingworth foi uma jornalista e autora inglesa. A primeira correspondente de guerra. Foi Clare Hollingworth quem deu a notícia do início da II Guerra Mundial, descrita como "o exclusivo do século".
Clare Hollingworth testemunhou os horrores da guerra no Vietname, Argélia, Médio Oriente, Índia e Paquistão, bem como a Revolução Cultural na China.
Mas é sobretudo lembrada pelo seu "furo" sobre a II Grande Guerra em 1939, no início da sua carreira, aos 27 anos. Deu a notícia da invasão da Polónia pela Alemanha durante a sua primeira semana de trabalho como correspondente do The Daily Telegraph.
Google doodle 106º Aniversário de Clare Hollingworth
https://www.google.com/doodles/
Google Doodle:
O Doodle desta terça-feira, dia 10 Outubro. assinala o 106º aniversário do nascimento de Clare Hollingworth. Google presta homenagem à jornalista inglesa devido aos seus importantes contributos na cobertura da Segunda Guerra Mundial.
Google homenageia Clare Hollingworth com um Doodle, dando relevo à figura de uma das jornalistas pioneiras e mais inspiradoras do mundo, devido aos seus importantes contributos na cobertura da Segunda Guerra Mundial.
Clare Hollingworth
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Clare Hollingworth, uma mulher apaixonada pela aventura, morreu em Janeiro deste ano, 2017. Tinha 105 anos.
Uma mulher tão ávida por aventura que mantinha o seu passaporte ao alcance de um braço o tempo todo, apenas para garantir que partiria de imediato para onde achasse importante.
Dados biográficos:
Com 27 anos, Clare decidiu que queria ser jornalista (1939). Trabalhava há poucos dias no jornal britânico Daily Telegraph, quando foi enviada para o sul da Polónia, onde todas as fronteiras tinham sido fechadas. Só veículos diplomáticas tinham autorização para passar.
Manchete da notícia que Clare Hollingworth deu ao mundo : a guerra ia começar
Por iniciativa própria, pediu emprestado um carro do consulado britânico para tentar entrar no país que estava ocupado pelas tropas alemãs. E quando viajava da Polónia para a Alemanha, viu e relatou que forças alemãs estavam reunidas na fronteira polaca.
Três dias depois, Clare foi a primeira repórter de guerra a informar o mundo sobre a invasão alemã da Polónia.
Ir + longe:
A 29 de Agosto de 1939, a sua história fez manchete no Daily Telegraph com o título “1 000 tanques reunidos na fronteira da Polónia”. Na notícia descrevia que a artilharia alemã estava preparada para invadir aquele país. A invasão da Polónia pelas tropas nazis marcou o início da II Guerra Mundial.
Em 2014, a jornalista deu uma entrevista ao The Telegraph onde explicou que era muito nova na altura e que a sua missão era simplesmente cuidar dos refugiados, dos surdos e dos mudos. A guerra limitou-se a surgir enquanto ela ali estava.
Clare Hollingworth
créditos: Clare Hollingworth Collection
Hollingworth costumava dizer que ela era mais feliz quando percorria o mundo, viajando rapidamente, sempre pronta para o perigo. Este espírito levou-a a fazer muitos exclusivos, desde o trabalho com refugiados judeus na Polónia, passando pela cobertura das guerras civis grega e argelina. Foi também, a primeira pessoa a entrevistar Mohammed Reza Pahlavi, o Xá do Irão.
Passou grande parte da sua vida na linha da frente de vários conflitos, incluindo os do Médio Oriente, norte de África e Vietname. Nos últimos 40 anos viveu em Hong Kong, onde morreu aos 105 anos de idade, em Janeiro de 2017.
Credits: United News/Popperfoto, via Getty Images
via New York Times
Recebeu inúmeros prémios. Embora grande parte dos seus primeiros trabalhos não lhe tenham sido oficialmente atribuídos, a experiência de Hollingworth e o trajecto da sua carreira levaram-na a ganhar o "Prémio Mulher Jornalista do Ano", o "Prémio James Cameron" para o Jornalismo e um prémio de realização de vida da instituição O Que os Jornais Dizem.
Chegou a ser nomeadaOficial da Ordem do Império Britânico pela rainha Isabel II.
Clare Hollingworth
Actividades:
- Os alunos poderão fazer pesquisa sobre mulheres repórteres de guerra portuguesas e estrangeiras, dando início a um Jornal de Parede sobre a temática;
- Há duas jornalistas portuguesas que são ou foram repórteres dee guerra: Maria João Ruela (ferida numa reportagem de guerra) e Cândida Pinto, ainda no activo, sendo agora comentadora em assuntos de guerra pela sua vasta experiência;
- Sugerir aos alunos a possibilidade de fazer uma entrevista a uma das duas jornalistas via Skipe, numa das aulas curriculares, depois de prévia readacção das perguntas para a entrevista, sendo seleccionadas as melhores, degundo o alinhamento da entrevista.
Como vêem o acesso das mulheres a profissões de risco são uma realidade. Nada como seguir os seus sonhos, seja qual for a profissão. Não queremos mulheres só na ciência e tecnologias. Queremos mulheres também nas humanidades.
A Professora GSouto
10.10.2017