"Em toda a infância houve um jardim - isto é coisa de poetas"
Agustina Bessa-Luís |
BlogdosCaloiros is my blog in Portuguese Language curriculum. It aims to enhance the lessons using ICT and captivate cultural curiosity
"Em toda a infância houve um jardim - isto é coisa de poetas"
Agustina Bessa-Luís |
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Os nomes dos 12 escritores premiados, entre os quais se encontra o jovem escritor David Machado, foram anunciados na Feira do Livro de Londres, por Tibor Navracsics, Comissário Europeu para a Educação, Cultura, Juventude e Desporto.
Daniel tinha um plano, uma espécie de diário do futuro, escrito num caderno. Às vezes voltava atrás para corrigir pequenas coisas, mas, ainda assim, a vida parecia fácil – e a felicidade também.
De repente, porém, tudo se complicou: Portugal entrou em colapso e Daniel perdeu o emprego, deixando de poder pagar a prestação da casa; a mulher, também desempregada, foi-se embora com os filhos à procura de melhores oportunidades; os seus dois melhores amigos encontram-se ausentes: um, Xavier, está trancado em casa há doze anos, obcecado com as estatísticas e profundamente deprimido com o facto de o site que criaram para as pessoas se entreajudarem se ter revelado um completo fracasso; o outro, Almodôvar, foi preso numa tentativa desesperada de remendar a vida.
Quando pensa nos seus filhos e no filho de Almodôvar, Daniel procura perceber que tipo de esperança resta às gerações que se lhe seguem. E não quer desistir. Apesar dos escombros em que se transformou a sua vida, a sua vontade de refazer tudo parece inabalável. Porque, sem futuro, o presente não faz sentido.
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Índice Médio de Felicidade é um romance admirável e extremamente actual sobre um optimista que luta até ao fim pela sua vida e pela felicidade daqueles que ama. Dramático e realista, mas com momentos hilariantes, confirma o talento de David Machado como um dos melhores ficcionistas da sua geração.
A história de Daniel, cujos planos para o futuro se veem abalados (mas não destruídos) pela crise e o desemprego, foi publicada em 2014 pela Dom Quixote.
O livro já fora premiado em Portugal. A decisão unânime de premiar o romance Índice Médio de Felicidade foi do júri composto por Elísio Maia, em representação dos livreiros portugueses, José Jorge Letria, em representação dos autores, e João Amaral, em representação dos editores.
“Trata-se de um romance cujo protagonista sofre os efeitos da crise que se abate sobre Portugal e a Europa, mas não desiste de lutar por um futuro digno para si e para a sua família”, justificou o júri.
O autor “não pode deixar de ser considerado como um promissor talento, que emerge na paisagem literária portuguesa e europeia. Merece, por isso, este prémio, que não deve ser considerado apenas uma recompensa mas também (e, talvez, sobretudo) um incentivo”.
Desta vez, deixo leituras para os mais mais velhos. Todos aqueles que acabam seus cursos e se vêem, um pouco sem saída para um primeiro emprego. E que gostam de ler.
A 23 de abril celebra-se o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor. A data tem como objectivo reconhecer a importância e a utilidade dos livros, assim como incentivar hábitos de leitura nas pessoas.
Os livros são um importante meio de transmissão de cultura e informação, e elemento fundamental no processo educativo.
via Viagem ao mundo da leitura
No Dia Mundial do Livro decorrem várias acções de promoção dos livros e da leitura, organizados por livrarias, associações culturais, escolas, universidades e outras entidades.
Neste dia também se podem comprar livros a preço especial em várias livrarias.
créditos: Biblioteca Nacional de Portugal
O Dia Mundial do Livro é comemorado, desde 1996 e por decisão da UNESCO, a 23 de Abril. Trata-se de uma data simbólica para a literatura, já que, segundo os vários calendários, neste dia desapareceram importantes escritores como Cervantes (22 Abril) e
A ideia da comemoração teve origem na Catalunha: a 23 de abril, dia de São Jorge, uma rosa é oferecida a quem comprar um livro. Mais recentemente, a troca de uma rosa por um livro tornou-se uma tradição em vários países do mundo.
Google dedica hoje vários doodles, segundo os países em que é celebrado. O doodle que celebra St George, padroeiro do Reino Unido aparece na página de entrada do motor de busca desse país.
A UNESCO instituiu em 1995 o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor. A data foi escolhida por ser um dia importante para a literatura mundial - foi a 22 de Abril de 1616 que faleceu Miguel de Cervantes e a 23 de Abril de 1899 que nasceu Vladimir Nabokov. O dia 23 de Abril é também recordado como o dia em que morreu o escritor inglês William Shakespeare.
A data serve ainda para chamar a atenção para a importância do livro como bem cultural, essencial para o desenvolvimento da literacia e desenvolvimento económico.
Edith Ngaio Marsh
Google Doodle 122º aniversário de Edith Ngaio Marsh
Google celebra hoje a escritora neozelandesa Edith Ngaio Marsh que se tornou célebre na literatura policial e direcção cénica. O Doodle aparece na página de entrada de Google na Nova Zelândia e Austrália.
Edith Ngaio Marsh nasceu em 23 Abril 1895 na Nova Zelândia. É conhecida internacionalmente pelos seus trinte e dois romances policiais, publicados entre 1934 e 1982, ano em que morreu.
Ao longo de um período de cinquenta anos (1932-1982), escreveu esses trinta e dois romances policiais, que alcançaram a aclamação internacional. Devotada à pintura e ao teatro, incluiu-os frequentemente nos seus enredos.
Conhecida principalmente pela sua personagem, o inspector Roderick Alleyn, um detective cavalheiro que trabalha para a Polícia Metropolitana (Londres).
Crime de Luxo foi publicado pela primeira vez em 1938. Pode ser considerado, em certa maneira sequência do seu livro anterior. Um retrato da sociedade inglesa da época.
Sinopse:
"As jovens debutantes suspiram, ansiosas. As mães casamenteiras planeiam minuciosamente cada lanche, baile e jantar. Em Londres, uma nova temporada está prestes a começar. Mas por detrás de tão enérgica atividade, a alta sociedade está a ser vítima de um crime tão abjeto quanto silencioso. Alguém está a chantagear as mais notáveis famílias da cidade... E essa pessoa também planeia cuidadosamente todos os seus passos.
O inspector-chefe Roderick Alleyn, ele próprio um aristocrata, move-se suficientemente bem naquele meio para perceber que algo de estranho se passa..."
O Prémio Ngaio Marsh é concedido anualmente ao melhor romance de mistério, crime e ficção de suspense da Nova Zelândia.
Ngaio Marsh também é célebre pelo seu trabalho de encenadora (teatro).
A nossa geração quase desconhecia esta história misteriosa, Google ressuscita o mito do monstro do Lago Ness, Escócia, celebrando o seu 81º aniversário com um Doodle
O doodler (criativo de um Doodle) inspirou-se em desenhos de barcos e transformou o monstro num submarino.Se olharem mais atentamente verão a palavra 'Google' escondida nas engrenagens.
O lago Ness é mundialmente conhecido pelas alegadas aparições do Monstro de Loch Ness, conhecido pelos habitantes locais por Nessie (fêmea).
As evidências científicas para a existência deste monstro, descrito como uma espécie de dragão marinho, são inexistentes, o que não impede que se tenha tornado uma das grandes atracções turísticas da Escócia.
Quase todos os relatos de aparições do monstro descrevem-no à semelhança de um Plesiossauro, um animal parente dos dinossauros extinto desde o Mesozóico. Os plessiossauros eram répteis aquáticos de grandes dimensões, com um pescoço grande em relação à cabeça, que se deslocavam com a ajuda de enormes membros em forma de barbatana.
Mas alguma vez foi visto este monstro? Supostamente sim, dado que o Colonel Robert Kenneth Wilson, a 19 de abril de 1934, criou um dos grandes mitos da actualidade, com uma fotografia.
O primeiro encontro original e testemunhado por várias pessoas aparece descrito na obra literária Vida de São Columbano (também conhecido como Saint Columba), um missionário irlandês que viveu entre 521 e 597 D.C e que se mudou para Escócia.
Columbano descreve como salvou um picto que nadava no Rio Ness das garras do monstro em 565 DC enquanto ele trazia um barco para o Santo e os seus seguidores atravessarem o rio e com o enorme poder da sua voz o monstro terá sido repelido pelo Santo.
Mas são várias as histórias conhecidas no que concerne este 'mítico' monstro. No entanto, em 1944, um homem que estava com Wilson, na época, afirmou que a fotografia não passava de uma brincadeira.
No livro Nessie: The Surgeon’s Photograph Exposed, é explicado que o 'monstro' era apenas um brinquedo.
Ainda assim, os entusiastas de mitos, e a Escócia é um paraíso para os mitos, defendem que o monstro é real. Afirmam mesmo mais de mil avistamentos no local.
Há ainda quem defenda que o monstro de Loch Ness é, de facto, uma fêmea, daí ser também conhecida por 'Nessie', como já escrevi mais acima.
Actividades:
Rever Lendas e Mitos : cf. Tipologia de Textos
Aprofundar história do mito do monstro do Lago Ness e debater a sua possível origem;
Rever algumas das suas evidências 'reais' segundo publicações;
Pesquisar lendas e mitos em Portugal e alguns países da Europa;
Elaborar textos críticos.
Todos nós gostamos destas estórias misteriosas que alimentam o nosso imaginário. E Google entra nesta actividade lúdica que tanto nos contagia.
Estou certa que os alunos vão adorar esta actividade.
Espero que tenham tido umas férias de Páscoa excelentes. E agora dispostos a dar tudo por tudo para umas notas brilhantes... ou pelo menos boas no final do ano lectivo.
Mas como estamos em fim-de-semana, que tal uma ida ao cinema? Pois aqui deixo uma sugestão que não devem perder.
O Conto da Princesa Kaguya. Lembram que falei deste filme, a propósito da MONSTRA (Festival de Cinema de Animação na Casa das Artes?
O filme, considerado pelo júri como "uma obra-prima" feita por "um dos mestres da animação" é baseado no conto popular japonês, intitulado: Takertori Monogatarique se traduz "O Conto do Cortador de Bambu".
Encontrada dentro de uma cana de bambu brilhante, uma pequena bebé é criada por um velho cortador de bambu e a sua mulher, tornando-se numa jovem bela e requintada, uma verdadeira princesa. Do campo à grande cidade, ela encanta todos os que consigo se cruzam, incluindo cinco pretendentes nobres a quem Kaguya pede missões aparentemente impossíveis, para tentar evitar o casamento com um estranho que não ama. Além dos cinco pretendentes, a jovem chama a atenção do próprio Imperador. Chamada de princesa, ela encanta a todos e chega a pensar que seria feliz com o casal de pais e o rapaz pobre e ladrão. Mas é enviada para a Corte do Rei, onde são muitos a cortejá-la até ter que cumprir seu destino, também por sua desobediência. Qual será mesmo o destino da Princesa Kaguya?
Passa-se no Japão feudal e o conto oriental não precisa de explicação, mas deslumbra, e causam uma boa estranheza. Kaguya vem para nos relembrar o que é realmente belo e importante na vida e o quanto a riqueza, a tradição e as formalidades podem afastar-nos do objectivo final que é a felicidade. Aqui não temos a morte explícita, como fechamento de um ciclo, mas sim a transcendência espiritual fundamentada no Budismo e outras religiões do oriente.
Os desenhos animados lembram gravuras japonesas que expressam emoção. Um conto cheio de siginificados, como as mudanças pelas quais passamos, desde o crescer até ao amadurecer, com todas as perdas e ganhos, e a complexa relação entre amor, tradição, relacionamentos entre as pessoas, essencialmente pais e filhos.
Uma reflexão sobre os verdadeiros valores, uma crítica social à ostentação em detrimento dos valores morais.
Ficou entre os cinco finalistas para a melhor animação dos Oscars este belo e encantador conto de fadas, delicado e elegante. Com 137 minutos, é o filme mais longo já feito pelo famoso Estúdio Ghibli.
Kaguya quer dizer "luz brilhante". Respeitando antigas tradições de comportamento e vestuário, já é a sétima versão desta historia no Japão (a anterior é de 2001), que é inspirado no conto tradicional mais antigo do Japão.
Um filme singelo, feito com encantamento pelo famoso estúdio Ghibli, usando aguarelas, quase impressionistas. Como se fossem incompletas de propósito, como se estivessem em processo de serem criadas e desenvolvidas. Leva duas horas e meia a mostrar-nos os costumes da época e a ambientar-nos, algo essencial para nós, público ocidental.
É o resultado final de uma versão animada dos antigos pergaminhos japoneses, os mesmos onde a história deste conto foi escrita pela primeira vez.
Uma banda sonora linda, do compositor Joe Hisaishi, que volta a orquestrar uma banda sonora inspirada nos sons tradicionais com pequenos laivos de Hisaishi aqui e ali, acompanhando com sensibilidade a história triste das escolhas da princesa Kaguya.
Actividades:
Relembrar literatura tradicional portuguesa: conto tradicional;
Fazer estudo comparado do conto tradicional português e conto tradicional japonês;
No caso de aluno/aluna de origem japonesa, na escola, solicitar a sua participação: vivências familiares a nível de contos tradicionais;
Por que não experiencial algum vocabulário japonês por parte dos alunos: oral, escrito;
Antes ou depois da exploração de algumas destas actividades, segundo o tempo de exibição em salas de cinema, agendar uma visita de estudo: ida ao cinema ver Conto da Princessa Kaguya.
Posterior debate em sala de aula.
Possível projecto transcurricular Lingua Portuguesa, Educação Visual, Música.
Nota: Não aconselhável a alunos cujo nível etário seja inferior a 10/11 em virtude da duração do filme : duas horas e trinta minutos, aproximadamente.
Tempo de férias de Páscoa. A Primavera de volta, e os dias mais longos tornam esta pausa de ainda mais apetecível.
Não vou falar da Páscoa. Poderão ler em posts anteriores, as tradições do país nesta época pascal. E neles encontrarão informações necessárias à compreensão das festividades religiosas, bem como algumas tradições relativas aos costumes, e às doçarias da época.
Desde 1967 que este dia passou a ser designado por Dia Internacional do Livro Infantil, chamando-se a atenção para a importância da leitura e para o papel fundamental dos livros para a infância.
A celebração deste dia é uma iniciativa do IBBY (International Board on Books for Young People). Tem como principal objectivo promover o livro infantil e o prazer da leitura nas crianças.
Este ano, o patrocinador oficial do "Dia Internacional do Livro Infantil" é a secção dos Emirados Árabes Unidos (UAE) que convidou duas entidades importantes de seu país, a escritora infantil Marwa Al Aqroubi que escreveu a mensagem sob o tema "Many Cultures One Story", e o ilustrador Nasim Abaeian (designer do poster)
Hoje, dia 2 Abril, também foi o encerramento da célebre Feira do Livro Infantil de Bologna que, este ano, premiou dois livros portugueses.
Uau! Sabemos que temos bons escritores na área da literatura infantil e juvenil, e também excelentes ilustradores.
Lá Fora, das biólogas Maria Ana Peixe Dias e Inês Teixeira do Rosário, ilustrações de Bernardo P. Carvalho foi o vencedor do Ragazzi Award, na área PrimaOpera.
"Muitas vezes andamos tão distraídos ou apressados que nem nos apercebemos dos andorinhões que passam a gritar nos céus ou dos morcegos a esvoaçar a redor de um candeeiro ao lusco-fusco..." Não reparamos nas minhocas no jardim, nas abelhas a cirandar à nossa volta, nos sapos que coaxam no lago, nas flores que despontam nos canteiros da janela. "O que podemos aprender lá fora não tem limites"
Ana Peixe Dias e Inês Teixeira do Rosário.
Foi a razão que as levou a fazer um "guia para descobrir a natureza", com dicas e sugestões para ficarmos mais despertos para a natureza que nos rodeia, belíssimamente ilustrado por Bernardo P. Carvalho, editado em 2014 pela Planeta Tangerina,
O prémio deixou as autoras bastante surpreendidas. "Se calhar começa a haver uma mudança, as pessoas estão cada vez mais interessadas na natureza", admite Maria Ana.
Hoje sinto-me... texto e ilustrações de Madalena Moniz recebeu uma Menção Especial - Special Mention, Ragazzi Award, na mesma área Prima Opera.
Livro com ilustrações a aguarela a tinta-da-china, e texto de Madalena Moniz que “reinventa as ligações entre palavra e imagem”.
Ao longo deste abecedário, acompanhamos a nossa pequena personagem e o que ela vai sentindo letra a letra: Audaz, Baralhado, Curioso... Leve, Torto... E tu como te sentes?
Deixamos aqui a todos os autores premiados, muitos parabéns. E felizes por vermos a sua criatividade e mérito premiados num certame internacional que é uma verdadeira referência.