"Em toda a infância houve um jardim - isto é coisa de poetas"
Agustina Bessa-Luís |
BlogdosCaloiros is my blog in Portuguese Language curriculum. It aims to enhance the lessons using ICT and captivate cultural curiosity
"Em toda a infância houve um jardim - isto é coisa de poetas"
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tão concreta e definida como outra coisa qualquer.
António Gedeão, Pedra Filosofal
Saber mais:
Rómulo Vasco da Gama de Carvalho (1906-1997), insigne investigador da história das ciências, professor e pedagogo tornou-se alvo de reconhecimento do grande público com o pseudónimo literário de António Gedeão, nomeadamente como autor da muito célebre Pedra Filosofal.
Rómulo de Carvalho começou a revelar pendor poético ainda na infância, conhecendo-se, pelo menos, três composições autógrafas datadas de 1911: as quadras "Era uma vez um menino", Maria é o 1º nome, bem como o poema "Um Casamento".
A par da actividade de professor liceal, de divulgador de temas científicos, e de investigador, Rómulo de Carvalho retomou, no início da década de 50 o início da criação poética.
António Gedeão publica aos 50 anos, o seu primeiro livro de poesia: Movimento Perpétuo (1956) a que se seguem Teatro do Mundo (1958) e Máquina de Fogo (1960).
Com apenas três livros editados em meia dúzia de anos, ganha rapidamente um lugar de relevo no panorama literário português.
Pedra Filosofal, cantada por Manuel Freire, é bem conhecida dos Portugueses. O poema, escrito por António Gedeão, pseudónimo de Rómulo de Carvalho, publicado em 1961, tornou-se um hino à liberdade e ao sonho.
Rómulo de Carvalho foi professor de física, pedagogo e autor de manuais escolares, historiador da ciência e da educação, divulgador científico e poeta. Como professor de liceu, marcou os seus alunos durante quatro décadas. Como poeta e autor, publicou entre 1956 e 1990 (Poemas Póstumos e Novos Poemas Póstumos, em 1984 e 1990).
"Fiz exame de admissão ao liceu com oito anos e fiquei aprovado. Mas como não tinha idade para frequentar as aulas, continuei na escola primária que era um andar na Travessa do Almada. Ocupava o tempo a ensinar os mais novos. Essa foi a minha primeira experiência como professor. Se calhar, despertou ali a minha vocação…"
A Renata é uma menina brasileira oriunda de Matagrosso que frequenta minha turminha há dois anos! E ela me disse - estou escrevendo como ela fala - que hoje era dia de seu aniversário! Aí eu prometi que dedicaria um lindo texto só p'ra ela!
A Renata é uma moreninha de quem gosto muito! Alegre, divertida, sem medo de desafiar seus colegas quando vivem troçando de sua pronúncia brasileira!
Sei que a esta hora , já está dormindo! Mas amanhã, bem cedinho, ela vai ter esta linda surpresa e vai ficar muito feliz!
Quero então te desejar
toda felicidade do mundo,
todo sucesso que possa existir,
e muitos mas muitos anos de vida...
És uma menina especial, que ficará em minha memória, para a vida! Nao vou esquecer teu sorriso aberto, teu olhar tristonho quando pensas no teu país e como recordas com saudade cada pedacinho de Matogrosso.
"A nossa rua não foi baptizada por causa das aves que andavam no quarto piso, mas a minha mãe disse-me donde lhe viera o nome. Há muito, muito tempo, antes de haver automóveis, havia uma avenida de árvores no meio da rua debaixo de cujos ramos as carruagens puxadas por cavalos passavam. Já fora há tanto tempo que a minha mãe não se lembrava disso. Só a avó se recordava. Ela dizia que essas árvores estavam carregadas de pássaros. Milhares e milhares deles. Por isso deram à rua o nome de Rua dos Pássaros." (...)
Uri Orlev, A Ilha na Rua dos Pássaros, Âmbar Editora
Depois de conseguir fugir do gueto e ser escondido por famílias polacas, Orlev e o seu irmão seriam enviados para o campo de concentração de Bergen-Belsen. Libertados dois anos depois, imigraram para Israel.
Orlev já publicou 29 livros para crianças e jovens, bem como ficção para adultos. Também é tradutor ( polaco/ hebraico).
Os seus livros estão traduzidos em 38 idiomas. Orlev ganhou o Prémio Hans Christian Andersen em 1996, entre outros.
Sabes que o livro A Ilha na Rua dos Pássaros aborda o acontecimento histórico tenebroso, que teve lugar durante a II Guerra Mundial, o Holocausto. Um assunto que estudámos e desenvolvemos actividades curriculares, ao lermos o livro O Mundo em que Vivi de Ilse Losa.
No próximo dia 27 Janeiro é Dia Internacional da Memória do Holocausto. Para que o mundo não esqueça os horrores de um dos acontecimentos mais trágicos da História da Europa.
"O avô estava sentado na borda da cama daquele quarto acanhado e a cheirar a mofo. E não retirava o olhar do quadro que decorava a parede branca, golpeada aqui e ali pela negrura da humidade. Encaixilhado em grossa moldura, onde os bichos da madeira já pastavam, o quadro, com vidro estalado, mostrava uma mulher rechonchudinha e quase sorridente, dona de duas formidáveis arrecadas penduradas cada uma em sua orelha pequenina.
(...)
Da cozinha, minha mãe gritou:
- Vá tomar banho, meu pai.
E eu ali de pé, em frente do avô. E eu ali de costas voltadas para os restos de sol daquela tarde de Outubro que entravam pela janela de guilhotina. E eu ali, de braços cruzados, a olhar para aquela cara lavrada de rugas e barba rala com mais de oito dias.
- Se deixasse crescer a barba, até lhe ficava bem.
O avô fez de conta que não ouviu. Aprendi com ele a arte da surdez. O velho ensinou-me que não é importante ouvir tudo, o que é preciso é saber escutar o que nos interessa. Foge de quem muito fala e tudo sabe, dizia ele. (...)
António Mota, A Casa das Bengalas, capítulo 1, Edições Gailivro, 2002
(excerto)
Livro do Plano Nacional de Leitura : leitura fluente ;
Lembras quando o avô foi para um lar de idosos, em Torna-O-Rego. Claro que ele detestou a ideia, mas ao longo do tempo foi-se acostumando, convivendo com os outros idosos que lá estavam.
E um dia pediu a Henrique (seu neto) que lhe trouxesse uns pezinhos de violetas, para que os pudesse plantar.
A última frase, e a mais marcante foi “As violetas avisam os homens que estamos aqui de passagem, mas isso não impede que cheiremos bem enquanto por cá caminharmos”.
Como semente. Uma semente que cresce connosco e nos faz crescer. Estes "Sonhos na Palma da Mão" pagam, de certa maneira, o encanto que me deram "A Rapariga dos Fósforos", "A Sereiazinha", "O Patinho Feio", "O Rouxinol". Longe na infância. Com as suas sombras e claridades [...] rolavam sobre mim, como berlindes mágicos, percorriam-me os cinco cantinhos da alma, abriam portas secretas, permitiam-me respirações, outras, que nem sabia. Uma dimensão, cujo bafo tento, aqui passar a corações com olhinhos interiores."
Luisa Dacosta, Sonhos na Palma da Mão, Edições Asa, 2003
"O Plano Nacional de Leitura tem como objectivo central elevar os níveis de literacia dos portugueses e colocar o país a par dos nossos parceiros europeus.
(...)
Destina-se a criar condições para que os portugueses possam alcançar níveis de leitura em que se sintam plenamente aptos a lidar com a palavra escrita, em qualquer circunstância da vida, possam interpretar a informação disponibilizada pela comunicação social, aceder aos conhecimentos da Ciência e desfrutar as grandes obras da Literatura."
in Plano Nacional de Leitura
(texto com supressões)
O Meu Primeiro Dom Quixote
Alice Vieira
adaptação do livro Miguel Cervantes
Edições Dom Quixote
Há lá coisa mais deliciosamente cativante e intimista do que ler um livro?
Então, vamos dar continuidade ao nosso Projecto iniciado em Outubro de 2005, logo nos primeiros meses do 5º ano...
O meu primeiro passo para cativar esse gosto pela leitura, foi aromatizar os últimos momentos de algumas aulas com a leitura de curtos excertos de livros variados e pouco conhecidos. Lembram-se?
Para Não Quebrar o Encanto
Virgílio Alberto Vieira
Edições Caminho
Levava, e continuo a levar, livros para a sala de aula e leio alguns excertos, até vos despertar a curiosidade suficiente para continuarem sozinhos a leitura desses ou de outros livros à vossa escolha.
Com esta pedagogia de semear leituras não catalogadas sinto que estou a formar um boa plêiade de cativados leitores e leitoras que passaram a fruir do enorme encanto de ouvir ler histórias, de ler por prazer, e de comprar com a sua semanada livros. Alguns até já pediram pelo Natal... livros! Que bom!
As Palavras Difíceis
António Mega Ferreira
Publicações Dom Quixote
"Tudo começou no dia em que apanhei o Capitão Fracasse a dançar uma valsa com a Alice no meio da biblioteca do avô.
(...)
Bom, foi depois disso que passei a aventurar-me mais vezes até à porta da biblioteca do avô. E um dia, a meio de uma tarde de muito calor, pus a mão na maçaneta da porta, rodei-a lentamente, o coração batia-me apressando [...] Mas no meio, mesmo no meio da biblioteca havia uma zona iluminada, e um homem alto, de botas de cano, chapéu de pluma e capa de veludo vermelha, rodopiava levando nos braços uma menina loura, muito loura, com cabelos atados por uma fita lilás e um vestido da mesma cor."
Ontem, lembrei-me de duas meninas de quem gosto muito ...
Carolina
Madalena
É, lembrei ontem! E pensei que seria cedo para lhes oferecer este presentinho. E deixei para hoje...
Sei que faltam quatro minutos para o vosso dia de aniversário terminar...
Que importa mesmo que já estejam na caminha, pois amanhã bem cedo lá terão que se levantar ensonaditas mas felizes certamente, porque a escola estará à vossa espera e os vossos amiguinhos também!
Quero então desejar-vos toda felicidade do mundo,
todo sucesso que possa existir,
e muitos e muitos anos de vida...
São duas meninas especiais, duas moreninhas risonhas, duas meninas que ficarão na minha memória para a vida!
Quero que saibam que à meia-noite em ponto, estou aqui a desejar tudo de mais sublime para vossos dias...
Parabéns pelo vosso dia...
Parabéns pelo vosso dia especial...
Parabéns pelas meninas que são....
Continuem sempre alegres, extrovertidas, cheias de sonhos, não percam nunca a capacidade de sonhar...
E voem voem sempre até chegar à estrela mais distante.... ela será a vossa estrela!
Não esqueçam! Independentemente das distâncias que a vida nos colocar, apoiarei cada um dos vossos sonhos... porque é pelos sonhos que nos tornamos mais felizes e melhores pessoas!