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"Em toda a infância houve um jardim - isto é coisa de poetas" Agustina Bessa-Luís | BlogdosCaloiros is my blog in Portuguese Language curriculum. It aims to enhance the lessons using ICT and captivate cultural curiosity

"Em toda a infância houve um jardim - isto é coisa de poetas" Agustina Bessa-Luís | BlogdosCaloiros is my blog in Portuguese Language curriculum. It aims to enhance the lessons using ICT and captivate cultural curiosity

S. João do Porto : tradições & origens

 

 

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Lançamento balães Noite de São João

créditos: Autor não identificado

via Turismo de Portugal

 

Festa grande, o São João 'tripeiro' (do Porto) tem de ser entendido como uma grande manifestação de massas, eminentemente festiva, de puro cariz popular e que dura toda uma noite, com uma cidade inteira na rua, em alegre e fraterno convívio colectivo.

 

Saber +

 

De raiz nitidamente pagã, o São João do Porto assenta, fundamentalmente em “sortes” amorosas, encantamentos e divinações que se devem relacionar, por um lado, com o casamento, a saúde e a felicidade, mas que andam também estreitamente ligadas aos antigos cultos pagãos do Sol e do fogo e às virtudes das ervas bentas, ao orvalho, às fogueiras, à água dos rios, do mar e das fontes.

 

 

 

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São João, Porto

festas tradicionias

créditos: . © Darko Pevec

https://www.flickr.com/photos/

 

Um antigo costume saojoanino consiste em fazer subir balões confeccionados com papéis de várias cores. Sobem ao ar como sóis iluminados sob o impulso do fumo e o calor de uma chama que consome uma mecha de petróleo ou resina. Práticas com resquícios de um antigo culto ao Sol.

 

 

 

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Cascata de São João, Porto

festas tradicionias

créditos: DR

 

 

Ir + longe:

 

São João é também casamenteiro. Ao toque da meia noite, a menina casadoira atira um cravo para a rua. Se for apanhado por um rapaz, em breve ela casará. O mês de Junho passa célere por entre o canto fruste das cigarras e a risada vermelha das papoilas.

 

É este cheiro a gente, a manjerico e erva cidreira, é esta poesia popular impregnada do espírito folgazão do povo que enche o Porto, em Junho, na noite de 23 para 24, que se expande do coração da gente, sobe no ar como um fogo-de-artifício que estreleja e ilumina a noitada.

 

VisitPortotravel (texto com supressões)

 

Actividades:

 

  • O Texto Poético: quadras tradicionais 
  • Escrita criativa: elaboração de quadras populares pelos alunos
  • Exposição das melhores quadras na biblioteca da escola
  • Publicação de quadras seleccionadas no Jornal da escola.
  • Publicação de quadras neste blogue

 

A Professora GSouto

 

24 Junho 2006

 

Licença Creative Commons

 

Quadras de S. João : tradições populares !

 

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Cascata tradicional

São João, Porto

https://www.porto.pt/

 

 Quadras S. João

 

S. João, estás a chegar

E vens com ricos majericos

Pões toda a gente a animar

E há muitos namoricos.

 

Inês Gil, 10 anos (5 C)

 

Na noite de S. João

Vou lançar um balão

Quando o vir desaparecer

Outro estará a aparecer.

 

Bábara Pereira, 10 anos (5ºI)

 

No dia de S. João

Comem-se  muitas sardinhas

Lançam-se balões

E saltam-se foguerinhas.

 

Ana  Isabel Coellho, 10 anos (5ºI)

 

 

 

S. João do Porto

https://www.portoturismo.pt

 

 

São João vai começar

Na marcha eu vou contigo

Toda a gente vai dançar

Com o seu bom amigo.

 

Mafalda Morais, 10 anos (5ºC)

 

Os manjericos fresquinhos

São muito  belos e verdes

Há grandes e pequeninhos

Com quadras e cantares.

 

Nuno Teixeira, 10 anos (5ºI)

 

Do S. joão vais gostar

Olhar o céu com balões

Fogueiras terás que saltar

P'ra ouvir martelos e foliões.

 

Madalena Sousa Guedes, 10 anos (5ºI)

 

 Quero contigo dançar

Nesta noite de calor

Vamos todos saltar

P'ra festejar o amor.

 

Carolina Casaca, 10 anos, (5ºC) 

 

 

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Proibida a reprodução de textos de alunos

 

 

A Professora GSouto

 

24.06.2006

 

Licença Creative Commons

 

Poesias na aula de Lingua Portuguesa III

 

 

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Mote:

A uma cereja em flor

 

Acordar, ser na manhã de abril

a brancura desta cerejeira;

arder das folhas à raiz

dar versos ou florir desta maneira.

 

Abrir os braços, acolher nos ramos

o vento, a luz, ou o que quer que seja;

sentir o tempo, fibra a fibra.

a tecer o coração de uma cereja.

 

 Eugénio de Andrade, As Mãos e os Frutos, 1948, FEA

 

Tutti-fruti

 

Mistura tudo tudo

A uma conclusão vais chegar

Tutti-fruti p'ra almoçar

Vais ver que vais adorar!

 

Numa taça podes ter

Morango, banana, kiwi

Mmm!! Uma saladinha de frutos

E é toda só para ti!

 

Madalena Guedes, 10 anos (5I)

 

O Morango

 

O morango é vermelho

e faz lindas sobremesas.

Entra em todas as festas

mostrando sua beleza.

 

Morangos com açucar

não fazem bem a ninguém!

Comê-los ao natural

é o melhor que a gente tem!

 

Carolina Neves, 10 anos (5C)

 

Os frutos

 

 Peras, cerejas, laranjas

Manga, papaia, e damascos

Tantos frutos e tão bons

que existem na Natureza

para os saborearmos

à nossa sobremesa

 

Gosto de quase todos

embora prefira os morangos

por serem mais saborosos

vermelhos e apetitosos!

 

Tiago Furtado, 10 anos (5I)

 

A laranja

 

Laranja, laranjinha,

És como o sol no fim do dia

Tens gomos perfumados

Trazes muita vitamina!

 

Muitas vezes trago

O teu perfume nas mãos

Como teus gomos num trago

E sem sede no fim fico!

 

Mafalda Morais, 10 anos (5C)

 

Salada de frutas

 

Mariana tem sabor a maçã

macia como um pêssego

cheirinho a maracujá.

 

Tem boca de morango

olhos brilhantes como cerejas

e doce como as nectarinas.

 

Cara redonda como a laranja

deliciosa como a romã

e gira como uma tangerina.

 

Miguel Sousa, 10 anos (5I)

 

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Proibida a reprodução de textos dos alunos.

 

 

A Professora GSouto

 

18.06.2006

 

Licença Creative Commons

Poesias na aula de Lingua Portuguesa II

 

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créditos: Autor não identificado

https://www.pinterest.fr/

 

 

Mote: 

Poesia

 

Ai deixa, deixa lá que a Poesia

no perfume das flores, no quebrar

das ondas pela praia,

na alegria

das crianças que se riem sem porquê

- deixa lá que se exprima a Poesia.

 

Sebastião da Gama, Palavras de Cristal, Plátano Editora, 1983

 

Eu!

 

Sou um rapaz asseado

Desportista e tudo mais

Passo a vida cansado

Assim dizem os meus pais.

 

Vou para a escola contente

Até com vontade de estudar

Mas é tudo tão diferente

Quando só penso em brincar!

 

Meu pai trabalho imenso

E minha mãe também!

Vêem-se gregos comigo

De forma a eu vir a ser alguém!

 

Francisco Melo, 10 anos (5C)

 

Meu avô imaginado

 

Imagino o meu avô

porque nunca o conheci.

E tenho tanta pena disso

que por vezes o imagino...

 

Dizem-me que era simpático

Dizem-me que era amigo

Dizem-me que era sábio

E muito divertido!

 

Gostava tanto de o ter conhecido

que acabo por imaginá-lo!

Imagino-o à minha maneira

E gosto de fazer isso!

 

Cláudia Carneiro, 10 anos (5C)

 

O cão

 

É um animal amigo.

Com seus donos gosta de brincar

E de ossos roer.

Na sua casota gosta de estar

A trela tem de usar

Quando vai passear.

 

Ao lado de seu dono,

Lá vai ele a caminhar.

E se ele pára para se aliviar

Não deixa na rua ficar!

Pois se você a encontrar,

De certeza que não vai gostar!

 

Inês Gil, 10 anos (5C)

 

Madalena

 

O meu nome é Miguel

Madalena a minha amada

Bonita e doce como o mel.

 

Meiguinha e divertida

Morena com lábios rosados

É mesmo muito queridinha.

 

Nas aulas é magia!

Encanta-me sempre tanto!

Mas quem diria!

 

Miguel Sousa, 10 anos (5CI)

 

As Nuvens

 

Estão longe as nuvens,

Não as posso alcançar

Está longe o céu

É a minha forma de amar.

 

A minha forma de amar

É a minha forma de entender

Estão longe as nuvens

E não as posso apanhar.

 

Carolina Casaca, 10 anos (5C)

 

Sonho 

 

Eu gostava de ser mar

para poder viajar

em todos os oceanos

mergulhar até ao fundo

para poder conhecer todos

os animais e sentir-me o rei do mundo!

Ver cá debaixo as estrelas a brilhar

no céu azulcomo o mar

e o sol a sorrir e a espreitar

E por fim acordar e pensar que afinal que estava a sonhar.

 

Pedro Sousa, 10 anos (5C)

 

Bola de Cristal

 

Rola bola, rola bola

Faz-nos boas previsões

Não digas nada de mal

Linda bola de cristal

 

Rola bola, rola bola

Nas mãos de videntes

É um pouco assustadora

E baralha as nossas mentes!

 

Ana Margarida, 10 anos (5I)

 

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Proibida a reprodução de textos dos alunos.

 

 A Professora GSouto

 

12.06.2006

 

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Poesias na aula de Lingua Portuguesa !

 

 

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 Porto histórico

créditos: João Abel Manta

http://urbansketchers-portugal.blogspot.com/

 

 

Mote:

 

 P de Porto

 

 

O Porto com suas pontes

O Porto com suas pedras

 seus painéis pintados nas paredes

suas praças de paz

seus produtos

seus passeios

seus pardais.

O Porto com seu povo

plantou a palavra Porto

no princípio de Portugal.

 

Luisa Ducla Soares, A Cavalo no Tempo, Civilização

 

 

Poema do M

 

Mandei ao teu coração

Duas cartas de saudades

E um restinho de paixão

Embrulhado em ansiedade.

 

Sara Teixeira, 10 anos (5 I)

 

 

Poema do A

 

De pequenino se aprende

No alfabeto é a primeira.

Acompanhada ou sozinha

É letra que fácil se entende!

A de amizade

A de bondade

A de Ana

E a de felicidade.

 

Ana Margarida Castro, 10 anos (5 I)

 

 

Poema do M

 

O M é meu,

pois é.

Não é teu,

não é.

Se o M é o maior,

assim é melhor!

Se o M é o menor,

assim é pior.

 O M é o máximo!

M's a mais são demais.

 

O M é o mínimo!

M's a menos

são de menos.

Os M's são milhares,

aos pares.

Os M's são milhões,

aos trambolhões.

O M é matulão,

que grandalhão.

O M não é maiorca ,

que minorca.

O M é maravilhoso,

que brioso!

O M é ministro,

que sinistro.

 

Carolina Neves, 10 anos (5 C)

 

 

Poema do T

 

T de terraço onde apanho sol

T de terra onde cresce o girassol

T de terráqueo como o girassol!

T de tonto

T de tolinho

T de tolice

T de tagarelice!

 

Mafalda Morais, 10 anos (5C)

 

 

Poema do A

 

Alemanha, país frio

Austria? Mais ainda

Mas temos Angola em África

Onde o calor é demais...

 

A letra A dá voltas e voltas

Gira, gira de mão em mão,

Já não é Estádio das Antas,

Passou a Estádio do Dragão!

 

Catarina Babo, 10 anos (5 I)

 

 

Poema do C

 

A letra C

Dá para construir palavras

C de cão, colchão,

Carneiro e também calção.

E dá para guardar coisas

No meu coração!

 

Dá para contar

Para cortar

E para colorir

Mas também para pintar!

 

Dá para o meu nome

Mas não dá para o teu!

Dá para correr

Mas não para aprender!

Pois para aprender

Era preciso um A 

E como não tenho um A

Aprender não dá!

 

Claudia Carneiro, 10 anos (5 C)

 

 

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Proibida a reprodução de textos dos alunos.

 

A Professora GSouto

 

7.06.2006

 

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